TI – RADAR de Fusões e Aquisições, em maio/2015
Foram 16 negócios anunciados com destaque pela imprensa, representando um crescimento de 77,8% em relação ao mesmo mês de 2014 (9 transações). No acumulado dos cinco primeiros meses registra crescimento de 29,9%.
O mês de maio/15, indica queda do número de operações de fusão e aquisição em TI comparativamente ao mês anterior.
O investimento total no mês de maio chegou a cerca de R$ 238 milhões e no acumulado dos cinco primeiros meses ultrapassa R$ 2,8 bilhões.
Os segmentos de Software e Comércio Eletrônico concentraram o maior número de operações no mês.
Quanto ao racional do investimento as operações direcionadas à Escala predominaram.
Transações envolvendo empresas de pequeno e médio portes foram em maior volume.
Em maio e também no acumulado dos cinco primeiros meses, os investidores estratégicos foram mais ativos, bem como os de capital nacional. Já no que tange ao montante das transações, os Investidores Estrangeiros se sobressaem nos primeiros cincos meses de 2015.
O Indicador de Volume de Transações de M&A do mês indica uma mercado andando de lado.
Operações de Fusões e Aquisições de Tecnologia da Informação – TI e Telecom, noticiadas com destaque na imprensa brasileira no decorrer do mês de maio de 2015. As informações deste relatório, elaborado pelo Blog FUSÕES & AQUISIÇÕES (http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br) estão apresentadas em blocos, detalhando as transações por Volumes e Valores, Segmentos, Racional do Investimento, Porte das empresas, Perfil do Investidor, Destaques do mês e Relação das Transações.
ANÁLISE DO MÊS
Principais constatações.
No mês de maio/15 foram realizadas 16 transações, representando um crescimento de 77,8% em relação a maio/14 (9 operações) e uma queda de 33,3% em relação ao mês imediatamente anterior (24 transações). No acumulado dos primeiros cinco meses de 2015, crescimento foi de 29,9% comparativamente ao mesmo período de 2014.
O fluxo de transações realizadas nos últimos meses evidencia um mercado em queda.
O objetivo do Indicador de Volume de Transações de M&A é sinalizar uma expectativa de tendência, com base na análise do verificado nos períodos semestrais móveis. O período móvel findo em maio/15, indica um mercado andando de lado.
Os segmentos de maior volume de operações em maio/15, foram os de SOFTWARE e COMÉRCIO ELETRÔNICO com 50% do total
Na classificação entre os Segmentos de TI no mês de maio, o subsegmento de Finanças, Comunicações, Educação, Saúde, Energia e Meio ambiente, Setor público.. (Verticais App)
de SOFTWARE, e o de COMÉRCIO ELETRÔNICO foram os mais ativos. No acumulado deste ano, SOFTWARE vem liderando o número de transações.
No que tange aos montantes das transações, incluindo as operações que divulgaram os valores e as não divulgadas (estimados), o mês de maio totalizou cerca de 238 milhões de reais. Desse total, 81% correspondem ao Valores Divulgados e 19% Valores Não Divulgados.
Comparando-se o número de transações compiladas nos primeiros cinco meses do ano, com o mesmo período de 2014, verifica-se crescimento em quatro segmentos e queda/estável em outros três. SERVIÇOS DE TI foi o de maior queda. O destaque ficou por conta do apetite do segmento de SERVIÇOS DE INTERNET, com crescimento significativo do número de transações.
RACIONAL DO INVESTIMENTO
A intenção é distinguir as transações de M&A na área de TI, Telecom e Mídia, em função da Tese de Investimento, ou seja, os conceitos que prevaleceram para a aquisição da empresa-alvo. Na maior parte das vezes a notícia não é muito clara a respeito dos direcionadores de valor que levaram à aquisição. Mesmo assim, procurou-se identificar as premissas sobre o Racional da transação para segregar em 4 grandes grupos, de modo a permitir o entendimento das principais vetores que estão orientando os investidores estratégicos e financeiros. Nos primeiros cinco meses do ano, as operações com o racional do investimento direcionado para Escala prevaleceram – voltadas para ampliar a participação de mercado em alguns segmentos ou geografias.
Vale destacar, no comparativo com o mesmo período de 2014, a alteração dos perfis dos investimentos. Crescimento expressivo do racional voltado para Escopo e quase estável do para Escala.
(1) Aumentar a atual capacidade ou faturamento; penetrar em novos mercados geográficos
(2) Aumentar ofertas de novos produtos e serviços – expansão/ complemento do mix, ampliar competências
(3)Aumentar market-share, aproveitar sinergias e economias de escala, geralmente entre duas companhias com negócios similares
(4) Empresa brasileira adquire empresa de capital estrangeiro – acesso a mercados globais seja no âmbito do escopo, seja de escala;
PORTE DAS EMPRESAS
O objetivo é proporcionar uma visão das transações classificadas em função do porte das empresas. Utilizou-se o critério adotado pelo BNDES e aplicável a todos os setores para a classificação do porte em função da Receita Bruta anual (informada ou estimada). Em relação ao porte, os investidores nos primeiros cinco meses deram preferência para empresas de pequeno e médio portes.
Interessante notar a queda significativa do número de transações de grande porte no comparativo com o mesmo período de 2014.
• Microempresa <= R$ 2,4 milhões
• Pequena empresa > R$ 2,4 milhões e <= R$ 16 milhões
• Média empresa > R$ 16 milhões e <= R$ 90 milhões
• Média-grande empresa > R$ 90 milhões e <= R$ 300 milhões
• Grande empresa > R$ 300 milhões
PERFIL DO INVESTIDOR
Em relação ao perfil do investidor, das 16 operações, os Investidores Estratégicos foram responsáveis por 11 negócios em mai/15. Desse volume, 10 operações foram realizadas por empresas de capital nacional e 1 de capital estrangeiro. Os investidores financeiros, representados por Fundos de Investimentos realizaram 5 negócios, distribuídos entre capital estrangeiro com 2 e nacional com 3.
Nos primeiros cinco meses do ano, o Investidor Estratégico se destaca com maior número de operações, bem como o Investidor Nacional. Já no que tange ao montante das transações, os Investidores Estrangeiros se sobressaem.
(1) Empresa adquire outra empresa (controladora ou não) relevante do ponto de vista estratégico, a fim de ter acesso a tecnologia, produto ou serviço.
(2) Fundo de Investimento Private Equity; Venture Capital, Angel;
(3) Empresa de capital nacional adquirindo participação em empresa brasileira (controladora ou não).
(4) Fundo de Investimento de capital estrangeiro adquirindo participação em empresa brasileira (controlador ou não).
Quanto ao Nº de Operações
Quanto aos Valores
NACIONALIDADE DOS INVESTIDORES
Em relação à nacionalidade das empresas que estão investindo no Brasil no mês de maio/15, foram registrados 3 operações de 1 só país. No acumulado dos primeiros cinco meses, foram 37* operações com investidores estrangeiros. Os EUA foram responsáveis por 66,7% desse total, com 24 negócios, e os segmentos SOFTWARE e de SERVIÇOS DE INTERNET foram o mais representativos, com 29% cada um.
*Corrigido em jul/2015.
MAIOR TRANSAÇÃO EM VALOR – MAIO/2015
CVC fecha acordo para compra da Submarino Viagens por R$80 mi. A operadora e agência de viagens CVC informou ter fechado acordo de compra da B2W Viagens, que opera a marca Submarino Viagens, da B2W, por 80 milhões de reais. O pagamento para a aquisição de 100 por cento do capital social da B2W Viagens será feito em dez parcelas anuais e será baseado em um valor por visita originada dos sites da B2W, sujeito ao atingimento de taxas mínimas de conversão, segundo a CVC.27/05/2015
“PERCEPCÕES DE MERCADO”
Internet das Coisas aquece mercado de fusões e aquisições. Fusões e aquisições relacionadas com a Internet das Coisas (IoT) continuam quebrando recordes. Neste ano, até agora (maio), os investidores internacionais já investiram US $ 14.8 bilhões para comprar 39 empresas com atuação em IoT, ultrapassando os US $ 14,3 gastos em 2014, com 62 operações. Os dados foram apurados a partir de uma base de dados da 451 Research.
Neste contexto, destaque para a Bosch e Huawei.
A alemã Bosch planeja reinventar-se com a ajuda da ‘internet das coisas’. Volkmar Denner, presidente da empresa, está tentando unir a perícia industrial da Alemanha com o conhecimento que os americanos têm da internet. Denner aposta que o futuro de sua companhia depende da chamada “internet das coisas”. Ele deseja conectar aparelhos e objetos de uso cotidiano à internet, ajudando na proliferação das casas e carros “inteligentes”. E ele quer digitalizar a manufatura da Bosch, criando fábricas “inteligentes”. A Bosch também desenvolveu sua própria plataforma para fábricas inteligentes, chamada IOT Suite, que permite que as empresas conectem a produção de máquinas a uma nuvem segura e se beneficiem do aplicativo de “Processamento de Big Data”, da Bosch, para analisar os grandes volumes de dados gerados.
A aposta maior da Huawei para o mercado corporativo de acesso é a de evoluir sua plataforma de rede definida por software (SDN) para uma série de aplicações, capitaneadas pela Internet das Coisas (IoT), e que culminaria em uma nova revolução industrial. A previsão da companhia chinesa é de que, até 2020, o mercado global já conte com 100 bilhões de objetos conectados, com 2 milhões de sensores instalados a cada hora, e a ideia é aproveitar essa tendência com uma estratégia voltada especialmente para o mercado de automação industrial, conectividade em WLAN e medidores inteligentes. Junto com a IDC, a Huawei realizou uma pesquisa que afirma que a IoT, em particular, será o motor da mudança com um mercado gerando US$ 1,9 trilhão em 2020.
RELAÇÃO DAS TRANSAÇÕES
A relação das transações de Fusões e Aquisições na área de TI, segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e compiladas pelo blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. Todas podem ser pesquisadas e localizadas no blog.
- RELATÓRIO ANTERIOR: TI – RADAR de Fusões e Aquisições, em ABRIL/2015
M&A – QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ