O BTG Pactual se tornou, na última década, o grande comprador de bancos brasileiros quebrados, em busca de extrair algum valor dos “créditos podres” e ativos fiscais que essas instituições financeiras deixaram pelo caminho.

Na ação mais recente, adquiriu o Nacional, que teve seu auge nos anos 1980, foi pioneiro no marketing esportivo com o patrocínio a Ayrton Senna, e está há quase três décadas em liquidação extrajudicial.

As compras são feitas pela área de “special situations”, que lida com ativos “estressados”. O objetivo não é elevar o patrimônio do grupo, nem conquistar clientes ou reviver alguma marca, mas extrair valor de ativos antigos. Geralmente compra-se a carteira de crédito por alguns centésimos do valor de face e, assim, qualquer coisa que se consiga recuperar é lucro.

O garimpo do BTG nos bancos quebrados começou em 2013, quando anunciou a compra do Bamerindus, pagando ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC) cerca de R$ 418 milhões. Quatro anos depois, a Enforce, empresa de recuperação de créditos do BTG, arrematou por R$ 211 milhões os créditos podres do banco BVA. Entre 2021 e 2022, pagou R$ 937,7 milhões por uma carteira de créditos inadimplidos do Banco Econômico que estavam com o BNDES e o FGC. Depois, acabou levando a instituição como um todo.

Com esse histórico, o BTG lidera todas as apostas para arrematar também o que sobrou do Banco Santos, cujo fundador, Edemar Cid Ferreira, morreu no início deste ano… leia mais em Valor Investe 04/06/2024