Os controladores da Katayama Alimentos contrataram o Itaú BBA para vender a companhia, apurou o Pipeline. A companhia é uma das maiores do país na produção e venda de ovos (in natura, líquidos e em pó), fundada há 80 anos pela família de origem japonesa – são pouco mais de 1 bilhão de ovos por ano, produzidos por 4 milhões de galinhas, entre recria e postura, e 250 mil codornas.

Quatro fontes asseguram que o processo já está em curso e o banco abordou potenciais compradores estratégicos e também fundos de investimento. O CEO e acionista, Gilson Katayama, nega a informação.

Sediada em Guararapes, no interior de São Paulo, a granja Katayama disputa o terceiro lugar no mercado liderado pela Mantiqueira, que fatura mais de R$ 1 bilhão, e o Grupo Faria. De acordo com dois executivos que conhecem bem a indústria, a companhia fatura entre R$ 250 milhões e R$ 300 milhões com ovos.

O processo de venda da Katayama ocorre após dois anos difíceis para a indústria de ovos. Depois de uma década de ouro, quando o consumo per capita saltou de 148 ovos em 2010 para 257 ovos em 2021, os granjeiros sofreram com a disparada dos grãos, insumos básicos na ração das galinhas.

Um dos principais indicadores de margem é a relação entre o preço do ovo e da ração. Historicamente, eram necessários de 2 a 3 ovos para comprar um quilo de ração. Nos últimos anos, no entanto, o grão caro fez com que essa relação subisse para 4,5 vezes, apertando as margens. Recentemente, a relação voltou para 3,5 vezes, o que significa que as margens ainda estão mais apertadas que o normal.

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Um bilhão de ovos: Katayama Alimentos

Uma das razões para buscar um investidor é que as granjas de ovos precisam passar por uma revolução, lembra uma fonte, abandonando a prática dominante da produção de ovos com galinhas engaioladas para aves livres.

Esse potencial movimento de consolidação é o que fez com que alguns fundos, como o Pátria, olhassem o negócio da Katayama, apurou o Pipeline. Mas as características do setor tornam mais provável uma transação entre granjeiros, disseram as fontes…. leia mais em Pipeline 07/06/2022