A Vale vai embolsar US$ 600 milhões pela venda de participação em uma subsidiária árabe ao fundo Apollo, transformando o negócio em joint venture. O fundo terá 50% da Vale Oman Distribution Center (VODC), que opera um terminal marítimo em Sohar, com cais de águas profundas e um centro integrado de ‘blending’ e distribuição de minério de ferro com capacidade nominal de 40 milhões de toneladas por ano.

A conclusão do acordo é esperada para o decorrer deste segundo semestre. A tratativa com o fundo não inclui um outro braço da Vale em Omã – a Vale Oman Pelletizing Company segue sendo de propriedade única da mineradora.

Não é a primeira vez que a companhia brasileira tem sócio naquele país. Em 2010, a Vale vendeu uma participação de 30% para estatal local de energia OQ, e essa fatia só foi recomprada pela Vale no inicio do ano passado.

O acordo de hoje foi assinado pela Vale International e pelo veículo AP Oryx Holdings LLC, da Apollo. Em nota, Jamshid Ehsani, sócio da gestora que tem US$ 700 bilhões em portfólio, definiu a transação como uma “solução de capital sob medida e econômica” para a Vale. “A VODC opera no coração de uma das rotas comerciais mais movimentadas do mundo”, emendou.

Neste ano, a Vale fez algumas transações de M&A, mas na ponta compradora. Ficou com 15% do complexo Minas-Rio, pagando à Anglo American US$ 157,5 milhões, e comprou a participação da Cemig na Aliança Energia, por R$ 2,7 bilhões. No ano passado, havia feito outra transação de grande porte com árabes. Vendeu uma participação de 13% em seu negócio de metais básicos (VBM) à saudita Manara Minerals (formada pelo fundo PIF e pela mineradora Ma’aden) e a americana Engine No. 1, por US$ 3,4 bilhões… leia mais em Pipeline 06/08/2024