Venda de participação na Aesop vira arma para Natura reduzir seu endividamento
Os estudos da Natura & Co para a venda de uma fatia minoritária da australiana Aesop, marca de luxo que a companhia comprou em 2012, mostram que a empresa busca uma solução rápida para diminuir seu endividamento. O novo discurso animou os papéis do grupo na semana passada na B3, a Bolsa paulista: na sexta-feira, o papel subiu mais de 9%; no ano, porém, a perda ainda é superior a 50%.
O anúncio veio depois de o grupo ter anunciado, a princípio, que poderia fazer uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) ou uma cisão do ativo, também com futuro IPO. Nesta semana, a companhia informou avaliar também a viabilidade de venda de participação minoritária da Aesop – o que pode ocorrer em um prazo mais curto.
Além disso, o mercado hoje não está convidativo para estreias na Bolsa. “Não tem solução de curto prazo sem melhorar endividamento“, descreve um investidor institucional minoritário da Natura ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Para ele, vender parte da Aesop é uma decisão dolorosa, mas parece ser o caminho mais viável. Outra opção, segundo ele, seria vender a The Body Shop, mas esse ativo não é considerado tão sólido quanto a marca de luxo.Débitos
A Natura & Co tem uma dívida total que representa 4,35 vezes o seu Ebitda (geração de caixa, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), segundo o balanço do.. leia mais em Estadão 05/12/2022