WHP quer a Guess no portfólio, que já inclui Vera Wang, Bonobos e Toys’R’us
No chacoalhão global do mercado de moda, com investidores absorvendo trocas de diretorias de criação em marcas tradicionais e revisões societárias levando à alta volatilidade em bolsa, a americana Guess entrou na mira da gestora de investimentos WHP Global. A firma fez uma oferta não vinculante que pode tirar a Guess da bolsa de Nova York, mas quer manter sua estratégia e administração.
A WHP ofereceu US$ 13 por ação, com pagamento em dinheiro, ante fechamento de US$ 9,7 na sexta-feira – com a proposta, o papel disparou 30% nesta segunda-feira, a US$ 12,64. A firma diz que já tem parte do dinheiro e financiaria o restante com terceiros.
A proposta, no entanto, não engloba as ações dos acionistas Paul Marciano, Maurice Marciano (cofundadores da marca) e Carlos Alberini (atual presidente executivo) – um formato que não é incomum para a WHP, que prefere se tornar sócia de quem está por trás da estratégia criativa do que assumir todo o negócio.
A gestora tem participação num portfólio de 14 marcas, que somam mais de US$ 7 bilhões em vendas anuais, incluindo a rede de brinquedos Toys’R’us, a grife de luxo Vera Wang, a marca casual Joe’s Jeans e a rede de vestuário masculino Bonobos, comprada há dois anos das mãos do Walmart. A WHP e a Guess já tinham feito uma parceria para comprarem, no ano passado, os ativos operacionais e propriedade intelectual da nova-iorquina Rag&Bone, que opera lojas próprias e também é vendida em lojas de departamento e butiques de luxo.
A WHP foi fundada por um veterano da indústria de consumo, Yehuda Shmidman, que liderou a operação de marcas como Martha Stewart e Snoopy. Além dos sócios executivos, a firma tem como acionistas uma turma peso-pesado das finanças: as gestoras Oaktree Capital, a Ares (acionista da brasileira Vinci Compass), Solus e BlackRock.
A Guess vale em bolsa US$ 650 milhões. A companhia de Los Angeles criou um comitê especial independente para avaliar a … leia mais em Pipeline 17/03/2025