Tradicional bandeira no turismo do Rio de Janeiro, o Windsor Hotéis deve ser obrigado a abrir uma nova fase de venda de ativos para dar conta de seu endividamento. A previsão é que o movimento ganhe força após o Itaú ter negociado com a recuperadora de créditos Enforce, do BTG Pactual, uma parcela da dívida acumulada pela companhia nos anos agudos da crise hoteleira do Rio de Janeiro e acentuada ao longo da pandemia. O débito total do grupo, que pertence ao espanhol José Oreiro, chegaria a cerca de R$ 900 milhões, segundo fontes. A dívida é resultado de um processo de expansão iniciado antes da Copa e das Olimpíadas. No auge das dificuldades, o valor teria alcançado cerca de R$ 1,5 bilhão.

Grupo já vendeu três ativos no Rio

Uma primeira leva de desinvestimentos já foi realizada pelo grupo. Nos últimos anos, foram negociados um hotel em Copacabana, o imóvel do antigo bingo Arpoador, e o edifício corporativo Serrador, no centro do Rio, no qual funcionou a sede da EBX, de Eike Batista. O grupo teria agora disposição para vender os dois hotéis de Brasília, fruto da única ofensiva do espanhol fora do Rio. O processo não deve parar aí. Para ter condições de pagar a dívida, seria preciso vender uma operação maior da rede no Rio, onde o grupo tem 15 hotéis. A entrada da Enforce é um fator de pressão nesse sentido.

Windsor Hotéis deve vender mais unidades.. leia mais em Estadão 18/09/2022