Para isso, pretende usar o dinheiro levantado para investir no desenvolvimento de novos produtos e funcionalidades para o aplicativo. A startup prefere não antecipar os serviços que estão nos planos, mas há a indicação que a educação financeira será um dos pilares da companhia.

Thompson, um dos fundadores e CEO da startup, teve a ideia de criar a Z1 porque percebeu, quando era dono de uma rede de ensino básico de baixo custo, a Vereda Educação, que o alto índice de inadimplência entre os pais dos alunos estava relacionado a uma baixa consciência financeira. Ele viu, portanto, que era preciso cortar o mal pela raiz e começar a trabalhar a educação financeira das pessoas antes que elas cheguem à fase adulta.

Com o aporte, o time da Z1 deve crescer. Hoje, são 70 pessoas, dos quais 30 da área de suporte, dedicada a dar um atendimento aos usuários. Mais: de todos os seus funcionários, 20 são pessoas trans e 60% são pessoas negras e pardas. Até 2022, a equipe deverá ser multiplicada por quatro. “Estamos implementando a diversidade desde o primeiro dia”, diz Secaf.

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Segundo a empreendedora, os usuários da Z1, espalhados por todo o Brasil, são compostos, em sua maioria, por jovens de 14 a 17 anos, e de todas as classes sociais, desde um adolescente que trabalha como frentista em um posto de gasolina no interior do Piauí até aquele que atua na empresa do pai.

Até a semana passada, o aplicativo exigia uma assinatura de R$ 10 por mês para que os jovens usassem a conta. O valor só era cobrado se alguma movimentação fosse feita no saldo. A partir desta semana, porém, todos os serviços são gratuitos, o que deve ampliar o acesso à Z1. “Era uma demanda muito grande dos usuários”, diz a fundadora.

Na avaliação dela, a conta digital da Z1 deverá ser mais útil para os jovens das classes B para baixo. “Quem é da classe A vive numa bolha e muitas vezes já tem um cartão de dependente do pai”, afirma Secaf.

A fundadora explica que toda a comunicação de marketing da Z1 é voltada para os jovens e não para os pais. A ideia é que eles se convençam da necessidade de ter uma conta digital e procurem os pais para pedir a autorização.

A startup não divulga qual tem sido o volume transacionado pelos adolescentes no aplicativo, mas afirma que a maior parte deles gasta o dinheiro com games. O jogo eletrônico Free Fire é o que o lidera a lista de consumo.

De acordo com a empreendedora, à medida que a startup expande a base de usuários e passa a ter produtos que geram receita para o aplicativo, a Z1 quer continuar sendo o aplicativo desses jovens mesmo quando eles virarem adultos. “Queremos evoluir junto com eles”, afirma.

Uma conta destinada aos mais jovens, porém, não é uma novidade no mercado. O PicPay, por exemplo, permite que adolescentes com pelo menos 16 anos tenham uma conta no aplicativo e …Saiba mais em neofeed.24/11/2021