Com 40 anos de história no varejo de calçados, roupas e acessórios, o Grupo Oscar quer fomentar a inovação aberta no seu tradicional modelo de negócios. A companhia, que conta com mais de 100 lojas e uma plataforma de e-commerce que atende todo o Brasil, anunciou com exclusividade a PEGN a criação de um fundo de corporate venture capital. Chamado Oscar Corporate Venture, o fundo pretende investir em até dez startups nos próximos três anos, em cheques que variam entre rodadas seed e pré-seed.

A novidade é consequência de um trabalho iniciado em 2021. No ano passado, a companhia lançou um programa de aceleração visando atrair startups para atacar desafios enfrentados pelo negócio. Com mais de 80 empresas demonstrando interesse em trabalhar com o Grupo Oscar, a companhia percebeu ali que havia uma oportunidade de negócio. “De um lado, vimos que startups interessantes precisavam de clientes como nós; e do outro, a nossa empresa em busca de uma mentalidade mais ágil, que nos ajudasse a acompanhar a evolução do varejo”, conta a PEGN Bruno Constantino, diretor-geral do fundo.

Quando o programa acabou, em novembro, o executivo decidiu criar o fundo de venture capital. A tese do veículo é relativamente simples, segundo Constantino: “Temos que ser clientes dessas startups”. Dentro disso, a ideia é que os aportes sejam feitos em empresas early stage, mas que já tenham uma solução mais madura do que um MVP (mínimo produto viável). “Um MVP validado, alguns clientes e solução rodando são suficientes para nós”, afirma.

Um exemplo do perfil de startup buscado é a Vale Entregas, primeira investida do fundo, que recebeu o aporte há poucas semanas. A empresa entrega uma solução especializada em logística de última milha. “Um problema que nós vínhamos enfrentando há um tempo com o nosso e-commerce”, conta o executivo. Além dela, mais três aportes estão praticamente fechados para os próximos meses – por enquanto, a empresa não revela os nomes das startups…. Leia mais em revistapegn.globo 12/o2/2022