As redes brasileiras de investimento-anjo continuam com apetite para investir em startups. Diferentemente de estágio mais maduros, o inicial não teve queda em 2022, mostrando estabilidade com os números de 2021. Um levantamento feito por um grupo de líderes de redes de anjos apontou que em 2022 foram investidos R$ 68 milhões em 128 startups brasileiras. A projeção do grupo, que reúne 24 das maiores redes de investidores-anjo do país, é de que se feche 2023 com R$ 85 milhões em investimento-anjo. Um crescimento de 25% em relação ao ano anterior.

Não só o volume de investimento vem crescendo, número de investidores anjo atuando nestas redes também cresceu. O estudo mostra que 532 startups foram investidas desde a criação das redes que, hoje, contam com 3.258 investidores e um crescimento de 27% no número de investidores em relação ao ano anterior.

De acordo com Maria Rita Spina Bueno, fundadora desse grupo de líderes de redes e Conselheira da Anjos do Brasil, o sucesso dos números se deve a cooperação entre as redes. “Estes resultados mostram a importância das redes para o ecossistema de investimento anjo. Criado em 2017 o grupo tem apoiado o surgimento de novas redes de investidores anjo, que proporcionam um ambiente de boas práticas e de acesso a diversas oportunidades para os investidores, que se tornam mais ativos e conseguem efetuar uma alocação de capital mais eficiente. Além disso, temos viabilizado muitos aportes a partir do coinvestimento entre nossas redes parceiras.”

24 redes de investimento-anjo projetam investir R$ 85 milhões em 2023

Valores aportados em investimento-anjo são destaque no estudo

Outro dado que chama atenção no levantamento são os valores investidos. Em média cada investidor aporta R$ 25 mil (máximo de R$ 100 mil e mínimo R$ 5mil) e quando se fala de rede, a média aportada fica entre R$ 400 e R$ 800 mil (máximo R$ 1,5 milhão e mínimo R$ 100mil).

Entre os setores mais investidos se destacam as agritechs, edtechs, fintechs, food techs, construtech, lawtech, SAAs, negócios de impacto socioambiental e finalmente, varejo e e-commerce em diferentes modelos de negócio. Vemos ainda que houve um aumento no interesse em startups em estágio de tração, o que mostra o amadurecimento do setor.

Vale ressaltar que o levantamento tem como universo de pesquisa e amostra apenas o investimento-anjo feitos pelas redes: Anjos do Brasil, Babson Angels, BR Angels, BlackWin, Bruin Angels, Columbia Alumni Angels do Brasil, Curitiba Angels, EA Angels, ESPM Angels, FAAP Angels, FDC Angels, FEA Angels, Gávea Angels, GV Angels, Hangar8 Capital, Insper Angels, LAAS, MIT Alumni Angels, NYU Angels, Poli Angels, Sororitê, Urca Angels, Wharton Alumni Angels e WIN Angels, o que não representa um censo do mercado brasileiro, também composto por outras redes e diversos investidores-anjo independentes… leia mais em Startupi 16/03/2023