As negociações para venda de fatia minoritária na farmacêutica Cimed se afunilaram: as conversas avançaram com o fundo soberano de Cingapura GIC, apurou o Pipeline. Mas o preço ainda é um dos impasses. O GIC quer um ajuste na cifra pedida pela família Marques.

O J.P. Morgan, que assessora a Cimed, tinha avaliado a empresa em quase 25 vezes Ebitda, o que daria à farmacêutica um valor da ordem de R$ 13 bilhões a R$ 14 bilhões. Isso significa que uma fatia da ordem de 20% demandaria alguns bilhões do futuro sócio.

Outros oito investidores institucionais chegaram a ser abordados pelo J.P. Morgan, como revelou o Pipeline em outubro – além do GIC, avaliaram o ativo, em diferentes níveis de profundidade, CVC Capital, General Atlantic, Advent, Bain, CPPIB, Itaúsa e BW.

A transação é majoritariamente secundária. A acionista Mariana Marques, irmão do CEO João Adibe Marques, pretende se desfazer dos 6% que detém na companhia, assim como a outra irmã, Karla Marques, deve vender parte dos 30% que possui na farmacêutica, ainda se mantendo como acionista relevante e na gestão.

A Cimed quer atingir um faturamento de R$ 5 bilhões em 2025 e dobrá-lo até 2030. A empresa tem planejado expandir o portfólio de produtos via crescimento orgânico e aquisições estratégicas para complementar o portfólio nas categorias como maquiagem, perfume e dermocosméticos, além de bebidas proteicas gaseificadas. A companhia também avalia uma parceria para a venda da caneta da Ozempic com queda da patente em 2026…. leia mais em Pipeline 29/01/2025