A ameaça competitiva das empresas de tecnologia financeira para os grandes bancos diminuiu no ano passado, à medida que o aumento das taxas de juros restringiu o financiamento, segundo um novo relatório da agência de classificação de risco Moody’s.

Um declínio no financiamento de capital de risco em 2022 prejudicou particularmente as fintechs que dependem de capital externo para financiar suas operações e conquistar clientes, escreveram os analistas da Moody’s em relatório divulgado nesta quarta-feira.

O relatório citou números da CB Insights que mostraram que o financiamento global a fintechs caiu 46% entre 2021 e 2022.

Dolar
Notas de dólares. REUTERS/Yuriko Nakao

Bancos tradicionais que há muito se beneficiam de marcas estabelecidas e relacionamentos com clientes tiveram vantagem sobre muitas fintechs diante de seu acesso a recursos de depósitos estáveis ​​no ano passado, segundo a Moody’s.

Os bancos há muito reconhecem que a tecnologia pode atrapalhar os modelos de negócios e permitir que conglomerados de tecnologia entrem no setor bancário, disse Moody’s. “Eles têm se defendido agressivamente contra tais riscos, seja aumentando seus gastos em tecnologia ou por meio de parcerias.”

As fintechs geralmente enfrentam mais obstáculos regulatórios do que os bancos e podem ter se deparado com novos requisitos legais em certas jurisdições nos últimos anos, de acordo com a Moody’s. Na Austrália, por exemplo, os reguladores atualizaram em 2021 a estrutura de regramento do país para novas instituições depositárias e estão considerando como reforçar a supervisão sobre crédito ao consumidor.

Mas, embora o atual ambiente macroeconômico possa representar desafios para as fintechs, o setor ainda tem potencial para aumentar a inclusão financeira e reduzir os custos para consumidores, constatou o relatório.

“Como aconteceu em ciclos de mercado anteriores, é provável que um grande número de fintechs nascentes com modelos de negócios mais fracos desapareça e um punhado sobreviva e se mostre verdadeiramente disruptivo ao longo do tempo”, disse a Moody’s. Por Hannah Lang (Reuters) – Leia mais em istoedinheiro 15/02/2023