A Brava Energia, resultante da fusão entre 3R e Enauta, está fazendo uma reavaliação geral dos ativos para levantar capital e liberar fluxo de caixa.A companhia anunciou hoje um acordo de exclusividade para venda de ativos no Rio Grande do Norte – mas isso é só uma pequena fração do plano de desinvestimento em marcha, apurou o Pipeline.

O Itaú BBA está buscando um comprador para todos os ativos onshore da companhia – um movimento que um dos acionistas, a Maha Energy, já tinha sugerido no início do ano. Acionistas e conselho querem no curto prazo uma estrutura em que a companhia possa em breve dar retorno aos investidores, com fluxo de dividendos.

Vale lembrar que os maiores acionistas da companhia resultante da fusão são Bradesco e Jive, numa posição originada em conversão de dívida da Enauta e não num interesse estratégico no negócio no longo prazo.

Mas conseguir algum prêmio nos ativos em relação ao que foi gasto pode ser um desafio. A companhia investiu US$ 2,1 bilhões para montar seu portfólio onshore – um montante que analistas consideram improvável ver de volta ao caixa num desinvestimento.

Analistas do BTG calculam um valor de até US$ 1,9 bilhão para esses ativos onshore. Considerando que o comprador assuma todas as dívidas relacionadas, seriam US$ 700 milhões em equity para os acionistas.

Nesta terça, a companhia informou ter assinado contrato de exclusividade com a Azevedo e Travassos e a Petro-Victory Energy para a potencial venda de concessões de óleo e gás no Rio Grande do Norte. O contrato prevê uma exclusividade por um prazo de 30 dias para a negociação das 11 concessões de óleo e gás localizadas na Bacia Potiguar, áreas que teve produção média diária de aproximadamente 250 barris entre janeiro e novembro deste ano… leia mais em Pipeline 17/12/2024