A corrida das bets para pedir autorização ao ministério da Fazenda para operar no Brasil a partir de 2025, cujo prazo terminou ontem, atraiu 113 companhias.

O registro passa a ser uma exigência para as plataformas de apostas que operam no mercado de jogos online online de cota fixa – quando o valor do prêmio é predeterminado – e as companhias ficam sujeitas à regulação e fiscalização da Secretaria de Prêmios e Apostas.

Entre os grupos internacionais que solicitaram registro estão a MGM Resorts, de Las Vegas, que anunciou uma parceria com o grupo Globo para uma joint venture no segmento; a SportingBet, do grupo Entain, que é listado na bolsa de Londres com valor de mercado de 4 bilhões de libras; a Betfair, do grupo Flutter Entertainment listado na Nyse com valor de mercado de US$ 36,7 bilhões; a sueca Betsson e a americana Caesars Sportsbook.

“Grandes grupos estrangeiros estavam aguardando sair a regulamentação para entrar no Brasil”, diz Monique Guzzo, advogada da área de direito regulatório do Demarest.

As grandes casas de bets que já estavam atuando no mercado brasileiro, como a britânica Bet365 e a Betano, com sede na Grécia, e aquelas fundadas por empresários brasileiros, como Betnacional, Rei do Pitaco, Esportes da Sorte e TQJ-Par, que pertence ao Grupo Silvio Santos, também pediram autorização. A sueca KTO pediu registro através da bet Apollo Operations, baseada no Rio Grande do Sul.

“Não quer dizer que outras empresas não vão poder atuar no Brasil, mas essa primeira leva estará autorizada a operar a partir de 2025”, ressalva Udo Seckelmann, do escritório Bichara e Motta.

A entrada de grupos internacionais e o interesse de fundos de private equity nesse mercado devem levar a um movimento de fusões e aquisições no setor. Até porque uma das regras estabelecidas pela Fazenda é que a bet deve ter um sócio brasileiro com ao menos 20% do capital… leia mais em Pipeline 21/08/2024