O futuro das tecnologias que prometem ajudar pessoas paralisadas a voltar a andar e movimentar objetos com a força do pensamento depende de dispositivos seguros, acessíveis e não invasivos, afirma o neurocientista Miguel Nicolelis, professor da Universidade Duke (EUA) e especialista no desenvolvimento de interfaces cérebro-máquina.

Muitos pacientes rejeitam implantes cerebrais projetados para reabilitar pessoas com doenças neurológicas por riscos associados às cirurgias no crânio e custos elevados. Para Nicolelis, a solução é investir em tecnologias não invasivas, que ainda são objeto de estudos, como sistemas que poderiam conectar cérebros de pacientes com os de pessoas sadias.

No fim do ano passado, o cientista se associou ao investidor Flavio Pripas, ex-diretor da incubadora de empresas Cubo, do Itaú, para criar um fundo dedicado ao desenvolvimento de tecnologias ligadas à neurociência, o NeuroCapital. O fundo promete investir US$ 200 milhões para apoiar empresas iniciantes e aproximar pesquisadores da área e empreendedoresleia mais em Valor Econômico 26/02/2025