Edemar, do Banco Santos, quer anular vendas de ativos de fundos para BTG
O ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira volta à carga para tentar impedir a venda de ativos relacionados ao Banco Santos por um valor que considera irrisório. Desta vez, entrou com um processo na Justiça do Rio de janeiro pedindo a anulação da venda de ativos de seis fundos que eram ligados ao banco e que foram comprados pelo BTG Pactual em 2020.
Os fundos Santos Yield, Santos Master, Santos Plus, Santos Agro, Santos IV e Maxi Money foram criados em 2002 para antecipar recebíveis do banco e eram administrados pela Santos Asset Management. Com a falência do banco, eles ficaram sem representante fiduciário e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) encaminhou a administração para outras empresas. Ao longo dos anos eles foram cobrando os recebíveis e distribuindo os recursos aos cotistas. Entretanto, perderam um processo para a holding Kieppe – controladora do grupo Odebrecht – e tiveram de pagar quase R$ 10 milhões em honorários.
Esses revés fez os administradores do fundo reverem a estratégia, já que novas perdas judiciais poderiam tornar o patrimônio negativo e exigir aportes dos cotistas. Assim, começaram a procurar um comprador para seus ativos. Após um processo competitivo, em 2020 o BTG arrematou os ativos, que incluem dívidas da massa falida do Banco Santos, por uma quantia não revelada.
No novo processo, Edemar reclama que o valor da transação não foi informado e que a massa falida do Banco Santos está desembolsando pagamentos em duplicidade, “de modo que eventuais créditos futuros a que o autor e seu acionista controlador terão direito serão reduzidos drasticamente por força da manobra fraudulenta perpetrada pelos réus [os fundos e o BTG]”… leia mais em Valor Econômico 31/05/2023