Depois de trimestres com números pressionados, o resultado da Petz no primeiro trimestre agradou. Na sexta-feira (5), pregão seguinte à divulgação do balanço, as ações saltaram 17%, para R$ 6,95. “É uma inversão de momento. Estamos trabalhando bastante para conseguir amortecer em despesas, porque a conjuntura macro não mudou muito”, afirmou a diretora financeira da varejista do setor pet, Aline Penna.

CFO da Petz, Aline Penna, afirmou que busca por equilíbrio entre crescimento e rentabilidade é “frenética”

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No primeiro trimestre, o lucro líquido da Petz caiu 9,1%, para R$ 19,19 milhões, enquanto a receita avançou 22,3%, somando R$ 913 milhões. As despesas também cresceram, mas em ritmo menos acelerado do que as vendas, ficando 18,4% maiores, a R$ 298,5 milhões. O ebitda ficou 25% maior, a R$ 64,98 milhões, com a margem ficando estável para o consolidado e 0,5% para as operações originais da Petz. Os resultados fizeram alguns analistas, como os do banco Itaú BBA classificarem o resultado como um dos melhores do varejo.

Mas, para os números melhorarem, a Petz precisou rever a rota. Recuou em alguns pontos, desativando, por exemplo, clínicas e operações de banho e tosa em algumas lojas. “Falar em equilíbrio de crescimento e rentabilidade não é clichê. Se de alguma maneira vemos ameaça a market share ou margem, recuamos. Semana a semana mexemos e ajustamos os ponteiros, estamos bem frenéticos nisso”, afirmou Penna.

Mas resta ainda um ponto de dúvida do mercado, explicitado no relatório do Goldman Sachs: quando as aquisições, como Petix e Zee.Dog começarão a trazer lucratividade? Grande parte da melhoria veio da operação original da Petz. “Já vai ter breakeven no ano? Difícil dizer. A integração está a todo vapor, mas ai ter uma hora que vai ser difícil dizer o que é Petz ou Zee.Dog, por exemplo, porque as sinergias estão acontecendo e fica difícil medir o que é o que”, argumentou a CFO. Leia a entrevista..Leia mais moneyreport 06/05/2023