Nos últimos seis anos, foram investidos cerca de US$ 40 bilhões em fundos de venture capital na América Latina, 40 vezes mais do que no ciclo anterior, segundo a sócia e cofundadora da Volpe Capital, Milena Oliveira. Então, “o potencial que teremos de saídas [desinventimentos dos fundos] daqui para frente é muito maior”, afirma.

Segundo a executiva, que participou do VC Day, parte do Congresso da Associação Brasileira de Private e Equity e Venture Capital (Abvcap), nesta segunda-feira, o atrativo de ter um investimento na região é que há ciclos completos de alta e baixa, com um ecossistema que se mostrou maduro para lidar com essa dinâmica, mas o “valuation” (avaliação de valor) ainda é menor do que em outras geografias.

Quem investe hoje na América Latina sabe que tem time, sabe que tem gestor e sabe que tem saída. Mas ainda está num preço muito mais baixo quando você compara com mercados maduros”, avalia.

“Se comparar com dez ou 15 anos, esse ecossistema praticamente não existia, e o mercado brasileiro foi capaz de completar esse ciclo também no venture capital, com uma trajetória parecida no private equity”, diz.

Além disso, ela destaca que, para a saída dos fundos, ou seja, para lucrar se desfazendo da sua fatia da empresa, precisa considerar outras opções, como a venda para investidores estratégicos, que é a maior oportunidade na América Latina.

Para a discussão da saída, o valuation importa, e importa muito. Se você entra num valuation errado numa empresa na América Latina, você vai dificultar muito a sua saída”, afirma. Ela explica que, se a empresa não for um “ponto fora da curva”, o retorno será prejudicado “porque você não vai conseguir uma saída para o estratégico no valuation de IPO, por exemplo”… leia mais em Época Negócios 10/06/2024