Fusões tornam-se mais seletivas e concentradas no setor de seguros
Após um período agitado no pós-pandemia, marcado por operações expressivas envolvendo grandes corporações, as transações de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) no setor de seguros tornaram-se mais seletivas, segundo especialistas do mercado. O que tem se observado são seguradoras buscando se fortalecer nos ramos em que estão mais bem posicionadas enquanto outras se desfazem de carteiras vistas como desinteressantes, corretoras expandindo suas redes e ingressando em novos ramos e insurtechs de olho em fundos de private equity e venture capital para se tornarem mais robustas.
Levantamento da consultoria Unio Partners aponta que em 2022 houve 26 operações (18 com corretoras e oito entre seguradoras), no total de R$ 19,017 bilhões.
As 14 operações (metade com corretoras e metade com seguradoras) registradas no ano seguinte movimentaram R$ 8,566 bilhões. Já no acumulado de janeiro até o início de outubro de 2024, houve 11 transações (oito entre corretoras e três envolvendo seguradoras), com volume total de R$ 1,22 bilhão.
“São menos operações, mas algumas com valor relevante e com destaque para as corretoras, com algumas delas se destacando como consolidadoras”, diz Marcelo Serro Azul, sócio da Unio Partiners.
O negócio mais recente, no início de outubro, foi a aquisição da corretora Montpelier pela It’sSeg (do grupo Acrisure), terceira maior corretora do país. Em maio, a It’s Seg havia adquirido a corretora SIMgular, de Belo Horizonte. Segundo o estudo da Unio Partners, a maior transação do ano foi a venda do braço de consultoria da rede D’Or para a MDS Brasil, subsidiária da corretora global MDS, por R$ 800 milhões. “A MDS é a maior consolidadora do mercado entre as corretoras… leia mais em Valor Econômico 28/10/2024