O custo financeiro e o apetite de M&A
O que dizem Hypera e Engie sobre aquisições no atual cenário.
A alta de juros, a demanda ainda maior por spreads em bancos e no mercado de capitais dada a maior aversão a risco em sequência de reestruturações e sinais de desaceleração econômica também começam a mostrar seus reflexos no apetite das companhias por aquisições.
A farmacêutica Hypera disse hoje em teleconferência que está adotando uma postura mais conservadora, focando a estratégia em lançamentos de produtos e contenção da alavancagem financeira.
“A alavancagem está saudável mas, com juros nesse patamar, o foco é gerar caixa para reduzir o endividamento e as despesas financeiras”, disse Breno Oliveira, presidente da Hypera. A queda de margens da companhia no quarto trimestre provoca queda de 4,4% das ações da Hypera hoje.
Também na Engie o assunto não passou batido. O CEO Eduardo Sattamini lembrou que a decisão de compra de um ativo é muito relacionada ao custo de capital – e “a competitividade da empresa não é tão boa nas aquisições de ativos”, comentou, questionado sobre o interesse em operações de transmissão. A Neoenergia tem um processo em curso de busca de sócio em transmissão – mas a Engie não está no jogo, segundo fontes.
Uma forma usual de driblar o custo de capital e preservar o caixa é fazer transações com troca de ações. Mas, dados os múltiplos em geral abaixo das médias históricas, muitas companhias preferem não quitar compras de companhias fechadas com essa moeda. …. Leia mais em pipelinevalor.globo 17/02/2023