“O compliance é a busca permanente de coerência entre aquilo que se espera de uma organização — respeito a regras, propósito, valores e princípios que constituem sua identidade — e o que ela, de fato, pratica no dia a dia”. Essa definição é o que consta no Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

O termo tem ares de novidade, mas o conceito é antigo. Do verbo em inglês to comply, ou “cumprir”, o compliance — também conhecido como “conformidade”, em português — nasceu de agitações sociais no período pós-guerra, nos anos de 1960, conforme avalia o instituto americano Ethics & Compliance Initiative (“Iniciativa para Ética e Compliance”, em tradução livre). Insatisfações de trabalhadores com os empregadores e manifestações sobre direitos civis levaram empresas a criar códigos de conduta e departamentos jurídicos e de recursos humanos para desenvolver a responsabilidade social.

Mesmo com a popularização do termo a partir dos anos 2000, fazer valer o conceito e construir um programa de “conformidade” não é uma tarefa fácil para as empresas, pois mexe com cada detalhe da estrutura organizacional. Além disso, o compliance varia conforme o tamanho, as necessidades e as exigências de cada empresa… leia mais em Valor Econômico 14/02/2025