Para ter sucesso em um acordo com a Novonor para a compra de participação de 38,3% que a empresa detém na Braskem, o potencial comprador terá que agradar não apenas em termos de preço, mas também de estrutura jurídica da operação, disseram fontes. Os investidores interessados no controle da petroquímica querem se resguardar de eventuais passivos, mas a antiga Odebrecht também quer virar a página se fechar a venda, sem uma série de amarras.

O nível de exigência de garantias jurídicas pela Apollo, que a resguardasse de eventuais passivos, foi uma das questões que dificultaram a aceleração de um acordo com a gestora, que já estava em um processo de due diligence na petroquímica antes de anunciar uma nova proposta pela empresa, em parceria com a Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (Adnoc).

Para Novonor análise de proposta por Braskem vai além do preço

No início do mês, a Apollo e a Adnoc fizeram uma proposta para a compra do controle da Braskem, dividida entre Novonor e Braskem. A oferta de R$ 47 por ação seria suficiente para pagar os bancos credores, que têm ações da Braskem em garantia de uma dívida que soma cerca de R$ 14 bilhões. Contudo, o cheque precisa cobrir também os impostos com o ganho de capital na venda, e estar combinado com uma estrutura aceitável, para vendedor e comprador, sobre os passivos.

Além da Apollo e Adnoc, J&F e Unipar já manifestaram interesse na Braskem. Enquanto os acionistas controladores analisam o que fazer com suas participações na empresa, a visão dos bancos credores é clara: quem der mais, leva. Por enquanto, os bancos não têm mostrado intenção de executar as garantias no curto prazo e têm estendido o prazo de vencimento da dívida desde setembro do ano passado, em busca de um desfecho por M&A… leia mais em Pipeline 16/05/2023