A Rede D’Or, maior rede independente de hospitais do país, tem sido um dos players mais ativos na consolidação do setor e pretende adicionar 5,2 mil leitos à sua estrutura entre 2024 e 2027. O desafio, porém, é escolher as regiões onde mais faz sentido colocar os pés, uma decisão que envolve avaliar a concorrência que já está instalada e o tamanho do público potencial.

Em levantamento que cruza dados do SUS, os analistas do Itaú BBA mapearam os lugares que apresentam mais oportunidades para a companhia, análise que incluiu fatores como oferta de leitos, base de beneficiários de planos de saúde, a presença de grandes competidores e o market share das operadoras de planos de saúde, em especial a SulAmérica, que se fundiu com a empresa da família Moll em 2022, e a Bradesco Saúde, que tem uma joint venture de hospitais com a Rede D’Or.

Nesse contexto, o banco vê áreas da região metropolitana de São Paulo, como Itapecerica da Serra, e algumas cidades do interior do estado, como Mogi das Cruzes, Jundiaí e Sorocaba, como promissoras para a Rede D’Or expandir sua atuação. A análise, vale ressaltar, não considera apenas os municípios, mas o que está no entorno de cada um, pois “hospitais bem conceituados podem atrair pessoas de cidades próximas, especialmente nas áreas rurais.”

A microrregião de Itapecerica da Serra, por exemplo, que envolve também Cotia, Embu das Artes, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Juquitiba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista, com uma população somada de 1,1 milhão de pessoas, não tem nenhum hospital da Rede D’Or, mas os beneficiários de SulAmérica e Bradesco Saúde somam fatias de 11,6% e 12,3%, respectivamente. “E não há uma participação relevante de grandes players de hospitais”, dizem os analistas. O único relevante é a Hapvida, com 4,6%.

Em outras regiões do Brasil, o banco vê oportunidade de expansão no Sul, com destaque para as cidades de Porto Alegre, Curitiba e Joinville. A microrregião de Porto Alegre, por exemplo, com 22 municípios, tem população estimada de 3,3 milhões, também tem zero de participação da Rede D’Or, mas conta com fatias de 4,8% para Bradesco Saúde e 2,1% para a SulAmérica.

“A microrregião de Porto Alegre tem uma grande base de beneficiários de planos de saúde e uma baixa participação de grandes players, mas a forte presença da Unimed Porto Alegre (e sua solidez econômica) aparece como um obstáculo para grandes grupos nacionais”, ponderam os analistas.

Já na região Norte, Manaus e Belém seriam os mercados com maior potencial. No Sudeste, Belo Horizonte também tem uma presença pequena de grupos nacionais e ampla base de beneficiários, o que indica que também pode ser um mercado a .. leia mais em Pipeline 25/07/2024