Por outro lado, 52,6% dos entrevistados esperam início do ciclo de queda dos juros ainda este ano.

Uma pesquisa realizada pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), divulgada nesta quarta-feira (1º de janeiro), mostra que 84,2% das instituições consultadas esperam que o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central eleve a taxa Selic, a 15% ao ano até junho de 2025 (clique aqui para acessar a íntegra da pesquisa).

Atualmente, a Selic está em 12,25% a.a., depois que o colegiado elevou o indicador em 1 ponto percentual na última reunião de 2024, em dezembro.

A ata da reunião, divulgada no dia 17 do mês passado, mostra que o Copom pode elevar a Selic para 14,25% a.a. até a reunião de março. Isso significa dois aumentos de 1 p.p. nas duas primeiras reuniões do ano (28 e 29 de janeiro, e 18 e 19 de março).

Por outro lado, 52,6% dos entrevistados para o levantamento da Febraban esperam que um novo de ciclo de flexibilização monetária se inicie ainda em 2025.

No último Boletim Focus do BC, divulgado na última segunda-feira (30), a mediana das projeções econômicas feitas por agentes do mercado financeiro aponta que a Selic deve encerrar 2025 em 14,75%.

Em relação ao dólar, a mediana da pesquisa da Febraban aponta que a taxa de câmbio siga próxima de R$ 6,00, mostrando apreciação ao longo do período avaliado, quando atingiria R$ 5,90 em julho de 2025.

A pesquisa da Febraban foi realizada com 19 bancos, entre os dias 17 a 20 de dezembro.

Veja outras projeções da pesquisa da Febraban

Inflação

Do total de entrevistados, 57,9% espera que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial, encerre 2025 acima de 4,5%, ou seja, além do teto da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), em função de inúmeros fatores, como a atividade aquecida, o mercado de trabalho apertado e o câmbio depreciado. O centro da meta definida para o próximo ano é de 3%, podendo oscilar entre 1,5% (piso) e 4,5% (teto).

PIB (Produto Interno Bruto)

Com relação à atividade, metade dos participantes espera que o PIB cresça em torno de 2,0% em 2025, que é o consenso atual de mercado. Contudo, 27,8% dos participantes esperam um crescimento menor, diante do nível restritivo da política monetária/condições financeiras e redução dos estímulos fiscais.

Pacote fiscal

Em relação ao pacote fiscal do governo, aprovado pelo Congresso em dezembro, e que prevê redução em algumas despesas, como salário mínimo e benefícios sociais, 66,7% dos entrevistados estimam que o conjunto de medidas gere uma economia entre R$ 40 bilhões e R$ 55 bilhões nos próximos dois anos.

Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA)

Sobre a política monetária nos Estados Unidos, 57,9% dos analistas consultados ainda esperam que o Fed siga com o processo de cortes dos juros em 2025, levando as taxas para o intervalo entre 3,75% e 4,00% a.a., próximo ao precificado atualmente pelo mercado…. Leia mais em iclnoticias.02/01/2025