Sanchez, da EMS, insiste e pede aval do Cade para avançar na Hypera
O empresário Carlos Sanchez, fundador e controlador da EMS, tem demonstrado que não sabe ouvir não. Após ver sua tentativa de unir seus negócios com a Hypera ser rejeitada, Sanchez recorreu ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para poder ampliar sua participação na concorrente, apurou o InvestNews.
Por meio de seu fundo de investimento Dodgers, Sanchez já montou uma posição de 6,02% na Hypera e, aparentemente, quer mais: o fundador da EMS tem se articulado para conseguir indicar membros para o conselho de administração da concorrente, conforme informou o colunista Lauro Jardim.
“Mas vai quebrar a cara”, diz uma fonte próxima às empresas ouvida pelo InvestNews. Isso porque, em sua visão, a Hypera já está preparada para evitar que a EMS ganhe poder dentro da empresa.
Em outubro, a EMS fez uma oferta não solicitada de R$ 30 por ação para assumir o controle da Hypera e combinar as duas empresas, o que criaria um grupo farmacêutico com 17% de participação de mercado e receita anual superior a R$ 15 bilhões.
A proposta hostil causou a ira de João Alves de Queiroz Filho, conhecido como Júnior, fundador da Hypera, e foi recusada prontamente pelo conselho de administração. O clima tenso se justifica pelo fato de a essência da Hypera é ser uma consolidadora, e não uma consolidada – a companhia é resultado de 26 aquisições. “A abordagem e os termos foram muito ruins”, continua a fonte. “Foi uma pésssima oferta.”
Mesmo com a negativa, Carlos Sanchez vem tentando convencer outros acionistas de que a fusão seria um bom negócio para ambas as empresas. A EMS é muito forte na oferta de genéricos, enquanto a Hypera possui marcas conhecidas, como Engov, Gelol, Estomazil e Benegrip…. leia mais em InvestNews 25/03/2025