S&P 500 tem a pior semana em um ano e meio, desde quebra de banco regional
Índice das maiores empresas americanas caiu 4,3% nos últimos cinco dias, enquanto o Nasdaq tombou 5,8% e o Dow Jones recuou 2,9%
O índice das maiores empresas americanas, o S&P 500, encerrou a semana em queda de 4,3%, a maior registrada desde a quebra do First Republic Bank, em março de 2023. As bolsas americanas acumularam perdas semanais de até 5,8%, sob liderança negativa do índice que concentra ações de tecnologia, o Nasdaq, que registrou sua pior semana desde 2022. Por fim, o índice que concentra ações industriais, o Dow Jones, recuou 2,9% no período.
Os movimentos foram impulsionados por um sentimento de aversão a risco nos mercados globais em uma semana mais curta, devido ao feriado de Dia do Trabalho nos EUA. Contudo, os quatro dias nos quais os mercado ficaram abertos foram recheados de dados econômicos.
Embora os índices de atividade econômica (PMIs) tenham mostrado uma economia ainda resiliente, em especial no setor de serviços, os dados de emprego vieram mais fracos que o esperado, relata Paulo Gitz, estrategista internacional da XP. “Com isso, consolida-se a visão de que o banco central americano iniciará seu ciclo de corte de juros já na reunião de setembro, mas o mercado segue dividido entre corte de 0,25 ponto percentual ou 0,50 ponto percentual”.
Em termos setoriais, o setor de Energia tombou 6% com os receios de uma desaceleração econômica e seus impactos na demanda por petróleo. Porém, o grande destaque de queda foi o setor Tecnologia, que caiu 7,2% e refletiu a má performance das empresas de chips na semana: Nvidia caiu mais de 13%, Intel afundou 14%, Broadcom caiu 15% e ASML desvalorizou 16%. O segmento passa por um processo de realização de lucros após a excelente performance nos últimos anos e os sinais de desaceleração no crescimento de vendas relacionadas a Inteligência Artificial evidenciado na última temporada de resultados, conclui Gitz.
Na sessão de hoje os índices operaram em forte queda, sob impacto da divulgação do “payroll” de agosto. O relatório mais completo do mercado de trabalho dos Estados Unidos mostrou números aquém do esperado. E, sob esse sinal, o fantasma de uma recessão, que deu as caras brevemente no começo do mês passado, voltou à baila.
Trocando em miúdos, o mercado não via a hora de os juros americanos caírem. Mas esperava que fosse por um bom motivo: o refresco da inflação. Agora, existe o temor que uma queda ainda mais profunda das taxas venha para evitar uma desaceleração mais forte da maior das economias.…. Leia mais valorinveste.globo 06/09/2024