A fintech Drip acaba de passar na peneira da Y Combinator. A maior aceleradora do mundo escolheu apenas duas brasileiras na última seleção de startups, quando só 2% das companhias que se aplicaram para o programa de aceleração conseguiram um cheque. Não está fácil, como se sabe, levantar capital nos tempos atuais. Mas esse não tem sido um obstáculo para a Drip, que fez uma rodada ainda em setembro, quando os três sócios fundadores deixaram seus empregos no Nubank para colocar o projeto de pé.

Inspirada no modelo Buy Now, Pay Later (BNPL) de fintechs globais como Klarna e AfterPay, com um empurrão do Pix, a Drip levantou R$ 7 milhões com fundos como Acequia Capital, GFC e Possible Ventures para ser uma alternativa de pagamento para compras parceladas online. O produto foi lançado em janeiro deste ano, hoje em 50 parceiros (lojistas ou marketplaces), e vai ter mais cerca de R$ 2,5 milhões da Y Combinator para acelerar.

“No Brasil, muita gente entende que o modelo de BNPL é o parcelamento, mas não é bem assim. Para esse parcelamento, o cliente precisa do cartão e vimos no Nubank que limite é uma grande dor para esse consumidor”, diz Patrick Sterea, fundador e CEO da Drip. “Se você faz uma compra de mil reais em 10 vezes, só precisa ter R$ 100 por mês para pagar, mas seu limite do cartão foi todo consumido, e isso sem falar em juros. Já o boleto tem menos praticidade”, compara. A Drip quer ser a alternativa entre o cartão e o boleto.

Na fintech Drip um empurrão da Y Combinator

Os outros cofundadores são Paulo Albuquerque, chefe de tecnologia da Drip, e Bianca Orsini, chefe de produtos, num time atualmente com 10 pessoas. Como uma empresa nova, o crescimento mensal é acelerado. No último mês, o salto foi de 120%, girando R$ 375 mil em compras de tíquete médio de R$ 500. O perfil do cliente que usa Drip hoje é de renda entre R$ 3 mil e R$ 5 mil.

Os primeiros lojistas com que a companhia se associou são de vestuário e a ampliação começa por varejo de cosméticos e calçados, voltados ao público jovem. “É quem mais está abraçando o Pix. 40% dos adultos brasileiros estão entre 20 e 40 anos, mas é nesse grupo que se concentra 60% das transações do Pix”, diz Sterea.

Nesta semana, a companhia integra a solução de pagamentos na VTEX, a plataforma tecnológica de ecommerce de boa parte das companhias brasileiras, com 3 mil parceiros. “Temos sete já esperando essa integração, mas a VTEX aumenta nosso mercado endereçável em mais de 10 vezes e o ritmo de parceiros deve aumentar”, diz o … leia mais em Pipeline 06/07/2022