A perspectiva para o setor de saúde no Brasil é neutra em 2023, de acordo com relatório da Fitch Ratings publicado hoje. O volume de exames e procedimentos deve crescer a taxas mais moderadas do que as observadas no biênio 2021-2022, quando a demanda ainda estava aquecida em decorrência do represamento provocado pela pandemia de Covid-19 e da variante Ômicron, no início deste ano.

A recuperação das margens operacionais das companhias do setor de saúde deve ocorrer de forma mais lenta que o inicialmente esperado, devido a um ambiente de negociações de preços ainda duro e a uma base de custos acima dos níveis pré-pandemia. Os movimentos de fusões e aquisições também devem desacelerar, uma vez que as empresas tendem a buscar equilibrar seus balanços e a recuperar suas margens.

A longo prazo, os fundamentos de demanda se mantêm sólidos, apoiados no envelhecimento da população, no elevado mercado endereçável de beneficiários (apenas 25% da população possuem planos de saúde privados) e nos contínuos avanços na descoberta de novos tratamentos

Perspectiva Para o Setor de Saúde no Brasil
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“O setor de saúde passou por grandes transformações nos últimos dois anos, e o retorno aos níveis pré-pandemia deve ser mais lento que o inicialmente esperado. A demanda deve se manter aquecida em 2023, porém o ambiente de negociação de preços entre prestadores de serviços e operadoras de saúde se mantém pressionado, podendo ter reflexos no capital de giro das empresas, além de limitar maiores avanços em sua rentabilidade.”, afirma Tatiana Thomaz, analista sênior da Fitch.

Ao final de novembro de 2022, das 12 empresas do setor de saúde analisadas com rating público, 67% estavam em Perspectiva Estável; 17%, em Negativa; 8%, em Positiva; e outros 8% em Observação Positivaleia mais em Fitch Rating 14/12/2022