A agtech de inteligência artificial para a agricultura Cromai, que tem como carro-chefe um sistema que detecta plantas invasoras nas lavouras, finalizou uma nova rodada de investimento para expandir sua participação no mercado sucroenergético e iniciar a operação com grãos e fibras.

O aporte veio da Baraúna Venture Capital e de Henrique e Luiza Del Papa, da Agropecuária Sucuri e produtores rurais da região de Morro Agudo (SP). O valor do investimento não foi divulgado.

Segundo Guilherme Castro, CEO da Cromai, a agtech teve um crescimento de quatro vezes em 2022 e já atende mais da metade dos 30 maiores produtores de cana. O objetivo agora é estar em 33% das mais de 400 usinas de cana do país até o final de 2024. “Em dois anos, temos previsão de aumentar em oito vezes nosso faturamento e, além da expansão em cana, pretendemos chegar a mil produtores de soja no Brasil”, explica.

Com os recursos do aporte, a Cromai também planeja aprimorar seu portfólio de produtos e ampliar seu quadro de pessoas.

Startup Cromai recebe aporte

Eficiência para o manejo

Este é segundo grande investimento recebido pela startup, agora cerca de três vezes maior do que o último, captado há 18 meses. Em 2021, a Stoller (recém adquirida pela Corteva) fez um aporte de R$ 5 milhões, que possibilitou a expansão da empresa, que já monitora 300 mil hectares em cana-de-açúcar.

O investidor Henrique Del Papa disse que já vem acompanhando o mercado tecnológico no agronegócio há algum tempo. “A tecnologia sempre esteve presente em nosso principal negócio, a produção e fornecimento de soja e cana-de-açúcar. Quando me foi apresentado o projeto da Cromai para um dia de campo, vi na agtech um potencial de grande crescimento, não só por resolver uma dor real dos produtores, mas também como uma empresa de entregas de impacto (ESG). No dia de campo foi comprovada toda eficiência apresentada, e não tive dúvidas que deveria ser a escolhida para o aporte”, afirmou, em nota, o investidor.

Del Papa acrescenta que a proposta de trabalhar com inteligência artificial no agronegócio é disruptiva, além de gerar valor para seus principais mercados – sucroenergético, grãos e fibras. “O mercado global tem como suas principais preocupações a produção sustentável e eficiente, problemas que a tecnologia resolve na raiz”, esclarece. O investidor teve tanta sinergia com a agtech que foi convidado para ocupar o cargo de diretor de desenvolvimento de negócios da empresa.

De acordo com a Baraúna Venture Capital, a expectativa é que a Cromai se consolide como uma das principais empresas de tecnologia no agro, tornando-se referência em recomendações de manejo e informações. . leia mais em Globo Rural 27/12/2022