O compliance serve como um “guia” para as companhias. Ele tem como objetivo proteger uma empresa e mitigar riscos, perdas financeiras ou danos à reputação e imagem.

O compliance atua prevenindo, detectando e corrigindo quaisquer violações, tais como:

  • sanções regulatórias,
  • fraude,
  • corrupção,
  • lavagem de dinheiro,
  • conflito de interesse,
  • sanções,
  • segurança cibernética e LGPD,
  • direitos humanos,
  • ESG,
  • risco de terceiros,
  • assédio.

Juliana Darini, diretora global de compliance do grupo Natura &Co, acredita que cada vez mais companhias vêm enfrentado crises contínuas, desde catástrofes naturais e humanitárias a até uma “turbulência política generalizada”. Isso faz com que seja criado um ambiente com condições favoráveis ​​ao aumento da corrupção, da fraude e de outros tipos de desvios éticos.

Não respeitar valores éticos elevados pode ser especialmente devastador para as empresas e para a sociedade como um todo nos tempos atuais. Como tal, as empresas devem comprometer-se a seguir e cumprir as regras estabelecidas, apesar das diversas pressões para contorná-las, e adotar programas de compliance de última geração, para mantê-las fortes e resilientes como forma de mitigar riscos novos e significativos que surgem para eles e suas partes interessadas”, explica.

Sendo assim, Juliana vê o programa como necessário para que uma companhia esteja em conformidade com todas as leis, normas, regulamentos e boas práticas aplicáveis, tanto internamente quanto externamente.

Segundo Christian Gomes, professor de Compliance e Administração da Faculdade do Grupo Etapa ESEG, a Lei Anticorrupção aponta que a adoção de um Programa de Integridade, um compliance anticorrupção, reduz as multas de empresa que se veja envolvida em algum caso, por exemplo.

“Isso porque demonstra que a empresa buscou evitar aquela lesão à Administração Pública, na medida de suas limitações. Uma novidade, ainda, é que a Lei de Licitações e Contratos Administrativos, Lei 14.133, possibilita a imposição de um compliance anticorrupção às empresas que pretendam ter contratos de maior vulto econômico com a Administração Pública”, explica.

Ou seja, o compliance, quando implementado da forma correta, pode trazer benefícios como:

Redução de eventuais prejuízos financeiros: diminui as chances de multas, processos trabalhistas, protegendo, consequentemente, a companhia;

Atração e retenção de talentos: cria um ambiente de trabalho mais justo e seguro, atraindo colaboradores;

Vantagens competitivas em negociações e transações financeiras: demonstra compromisso com a ética e a responsabilidade social, o que traz segurança aos sócios e acionistas;

Fortalecimento da cultura organizacional: promove valores como transparência, integridade e respeito… leia mais em Valor Econômico 18/06/2024