A IFC, braço de investimentos privados do grupo Banco Mundial, destinou um volume recorde de US$ 4,387 bilhões (cerca de R$ 22 bilhões) ao Brasil no seu ano fiscal de 2022, que terminou em junho. O montante, que representa alta anual de 27,5%, fez o Brasil ultrapassar a China e se tornar o segundo maior receptor de recursos, atrás apenas da Índia, com uma carteira de US$ 5,5 bilhões. Para o ano fiscal de 2023, o gerente-geral da IFC no Brasil, Carlos Leiria Pinto, diz estar “moderadamente otimista”, especialmente com os investimentos em infraestrutura.

Segundo a IFC, o incremento do portfólio no Brasil é resultado da sua estratégia contracíclica e dos esforços para mitigar os efeitos da pandemia de covid-19. O impacto gerado pelos projetos está, por exemplo, no aumento da oferta de financiamento para pequenas e médias empresas (PMEs), apoio ao empreendedorismo feminino, estímulo à criação de novos mercados e geração de empregos. “A expansão da presença e do portfólio da IFC demonstra que o Brasil é um país estratégico para nós, e que está preparado para garantir uma recuperação econômica verde, resiliente e inclusiva, com o apoio do setor privado”, afirma Pinto.

Braço do Banco Mundial destina recorde de R$ 22 bilhões

No ano fiscal de 2022, 62% dos financiamentos de longo prazo realizados com recursos próprios da IFC tiveram um componente climático, isto é, envolveram soluções para apoiar a mitigação das mudanças climáticas. A meta geral da organização é chegar a 65% até 2025, mas Pinto diz que o Brasil deve atingir essa marca já no ano que vem. Entre os projetos do tipo estão recursos aprovados para os bancos Alfa, Itaú e BV para financiar a aquisição de veículos sustentáveis. A Usina Santa Adélia também recebeu dinheiro para ampliar a produção de etanol. Além disso, o banco ABC Brasil vai destinar verbas repassados pela instituição para iniciativas de descarbonização na agricultura… leia mais em Valor Investe 31/08/2022