Segunda edição do relatório da Findexable em parceira com a Mambu traz Brasil e Uruguai subindo posições; México e Peru perdendo

O relatório mostra que em 2020 o setor de tecnologia financeira cresceu globalmente, impulsionado pela pandemia de COVID-19 e a digitalização acelerada pela crise sanitária;

Esse impulso foi suficiente para adicionar 50 novas cidades e 20 novos países ao índice – o que significa que esses lugares abrigam, no mínimo, 10 fintechs;
São 83 países e 265 cidades analisados nesta edição.

O Brasil é o país latino-americano mais bem colocado no 2021 Global Fintech Rankings, segunda edição do relatório produzido pela empresa de pesquisa Findexable, em colaboração com a plataforma alemã de soluções bancárias na nuvem Mambu, e que classifica os ecossistemas de inovação financeira no mundo.

A classificação do relatório é feita por um algoritmo, que analisa dados coletados pela StartupBlink e verificados pela Findexable a partir de plataformas como Crunchbase, SEMrush e mais de 60 associações fintech no mundo. A Findexable diz ignorar dados subjetivos (como entrevistas) e considerar apenas dados como número de fintechs em determinado país ou cidade, e características como presença na web, visitas mensais, base de clientes, e valor de mercado.

O relatório mostra que em 2020 o setor de tecnologia financeira cresceu globalmente, impulsionado pela pandemia de COVID-19 e a digitalização acelerada pela crise sanitária. Esse impulso foi suficiente para adicionar 50 novas cidades e 20 novos países ao índice – o que significa que esses lugares abrigam, no mínimo, 10 fintechs.

Embora Estados Unidos, Reino Unido, Israel, Singapura e Suíça ainda liderem a lista, o setor está se diversificando geograficamente. São 83 países e 265 cidades analisados nesta edição.

O número de unicórnios (startups avaliadas em US$ 1 bilhão ou mais) também cresceu: de 61 em abril de 2020 para 108 em abril de 2021, segundo dados da CB Insights. E o volume de investimentos atraídos pelas fintechs também aumentou, de US$ 199 bilhões para US$ 440 bilhões. As fintechs agora respondem por 20% do valor total dos unicórnios tecnológicos (em 2019, era 15%).

O relatório também aponta, no entanto, que há uma lacuna significativa entre quem está no topo e a próxima geração de inovadores em termos de financiamento que deve ser resolvida para que a indústria continue avançando com novas ideias.

Segundo o documento, os investimentos semente, anjo e de Série A representaram apenas 58% dos US$ 22.4 bilhões captados de janeiro a março de 2021, ante 66% um ano antes. Mais de dois terços do financiamento vieram nas chamadas “mega-rodadas”, no valor de mais de $100 milhões cada. “Isso significa que as fintechs estabelecidas podem levantar dinheiro com facilidade e com avaliações crescentes (…) As empresas que eram inovadoras revolucionárias há apenas alguns anos agora estão em posições de quase monopólio graças aos efeitos de rede. Elas se tornaram as novas ‘manda-chuvas’. Mas e quanto aos inovadores que buscam capital semente para enfrentar um novo problema levantado pela pandemia? Para eles, o quadro é menos cor-de-rosa”, diz o relatório.

América Latina no 2021 Global Fintech Rankings

Dois países latino-americanos subiram posições no ranking: Brasil (14º colocado na lista global) e Uruguai (17º). A melhor colocação de São Paulo foi a grande responsável por essa evolução do Brasil na lista.

A capital paulista subiu uma posição em relação ao ranking anterior, de 2019, sendo considerada o quarto maior ecossistema de fintechs do mundo, atrás apenas de São Francisco (EUA), Londres (Inglaterra) e Nova York (EUA). A metrópole brasileira ficou à frente de cidades como Tel Aviv (Israel), Berlim (Alemanha), Boston (EUA) e Los Angeles (EUA).

Já México (32º) e Peru (62º) perderam duas e sete posições, respectivamente. Veja a lista da região abaixo:.. leia mais em labsnews. 04/07/2021