Em 2008, Diogenes Silva e Leandro Nasciutti estavam terminando a faculdade de medicina e decidiram prestar residência em anestesia.

Demorou apenas algumas semanas — e dezenas de plantões — para os dois perceberem a realidade anacrônica da profissão.

“Os hospitais são digitais da recepção ao faturamento, mas boa parte dos anestesistas ainda tem que registrar o prontuário das cirurgias no papel e caneta”, Diogenes disse ao Brazil Journal. “Os dados gerados no momento mais crítico da nossa saúde estavam sendo completamente desperdiçados.”

Quatro anos depois, a dupla começou a trabalhar no que se tornaria a Anestech, um software de prontuário eletrônico capaz de gerar insights e diminuir os riscos das cirurgias. (O ‘go to market’ aconteceu só em 2018, depois de um investimento da Eretz Bio, a incubadora de startups do Hospital Albert Einstein).

Hoje, a Anestech tem 60 hospitais clientes, é usada por 3 mil anestesistas e já recebeu dados de mais de 500 mil cirurgias.

Agora, a startup acaba de fazer uma rodada para acelerar a expansão do negócio e melhorar a plataforma, com investimentos pesados em inteligência artificial e machine learning.

O cheque de R$ 3 milhões veio de quatro investidores-anjo: Romeu Côrtes Domingues, o co-chairman da DASA; Marcelo Saad, ex-managing director do Credit Suisse e do Deutsche Bank no Brasil; Ricardo Mello, ex-vp da DASA; e Roberto Botelho, o fundador do Uberlândia Medical Center.

Durante uma cirurgia, um anestesista tipicamente precisa registrar novas informações no prontuário a cada cinco minutos — desde a posição do paciente na mesa cirúrgica até o remédio que ele está tomando. Numa cirurgia de dez horas, são mais de 120 anotações….. Leia mais em Brazil Journal 09/02/2021