A integração pós-fusão (PMI) é um estágio fundamental para a captura de valor em um momento posterior ao M&A. É um processo altamente complexo e, geralmente, exige ação rápida e concomitante ao funcionamento do negócio principal.

Não existe uma abordagem única e engessada para o sucesso de implementação do PMI. No entanto, um planejamento cuidadoso, focado nos objetivos estratégicos da aquisição e na identificação e na captura de sinergias, ajudará a maximizar o valor do negócio.

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No fluxograma é apresentada uma sequência resumida de etapas em operações de M&A, incluindo em destaque o momento em que deve ser iniciado o processo de Post Merger Integration (PMI).

Em nossa experiência, entendemos que algumas informações e certos processos da target não estarão plenamente visíveis e mapeados durante as etapas anteriores de um M&A. Somente a partir do closing, o comprador irá se beneficiar de uma visão completa da target e terá acesso a informações precisas para estruturar a integração. No início do PMI, o principal desafio para os gestores da empresa é, portanto, identificar como será possível capturar/criar valor na organização recém-combinada via sinergias.

Dados compilados de pesquisas feitas pelo New York Times, pelo Harvard Business Review e pelo Australia Financial Review mostram que o principal motivo para que uma aquisição não tenha seu objetivo estratégico alcançando é a falta de planejamento para a etapa de INTEGRAÇÃO das empresas. Nesse contexto, entende-se que o PMI é um processo prolongado, envolve risco e, muitas vezes, exige mudanças em uma companhia, assim como nas pessoas, nos processos, na cultura e na estrutura organizacional. A operação de unificar duas empresas e, ao mesmo tempo, garantir que os negócios continuem como de costume é um desafio para as organizações.

O planejamento adequado do PMI inclui definição de papéis e responsabilidades, comitês, agendas, plano de trabalho, checklist de atividades, controle/visão do andamento do processo, entre diversos outros fatores. Com isso, o PMI visa minimizar os riscos da integração, maximizar o impacto positivo das sinergias e orientar líderes quanto ao planejamento e à execução dos principais marcos e decisões a serem verificados e tomados ao longo do plano de integração. Bruno Bottino Leia mais em Apsis 06/09/2021