Quase um terço das empresas do setor de vestuário deve perder com a chamada desoneração da folha de pagamento. Segundo estimativas da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), cerca de 30% das empresas terão perda com a nova forma de pagamento da contribuição previdenciária. Em vez do cálculo de 20% sobre a folha de salários, o setor deverá pagar 1,5% sobre o faturamento com as vendas no mercado doméstico.

Aguinaldo Diniz Filho, presidente da Abit, diz que está pedindo ao governo federal a redução de 1,5% para 0,8% na alíquota sobre faturamento. E, nessa alíquota menor, pede também a entrada do setor têxtil no benefício fiscal. A nova alíquota da contribuição é apenas um dos alvos entre os vários pleitos de redução de carga tributária e de medidas de defesa comercial. A partir de hoje, a entidade passa a recolher um milhão de assinaturas, que devem ser entregues ao governo federal com uma série de pedidos para o setor.

Entre as questões tributárias levantadas por Diniz estão os incentivos fiscais do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na importação. Segundo cálculos da Abit, oito Estados que oferecem benefícios fiscais foram responsáveis por 44% do volume de importações de têxteis e confeccionados em 2011. Por Marta Watanabe Fonte:Valor17/01/2012