Praticamente toda semana uma empresa ou investidor do agronegócio junta-se ao AgroVen, clube de investimento fundado pelo empresário Silvio Passos, hoje presidente do conselho do grupo. À medida em que ganha corpo, o clube prepara-se para participar de rodadas que podem levantar cheques de dezenas de milhões de reais.

Passos criou o clube há pouco mais de três anos, quando, em suas palavras, ainda não entendia nada de agronegócio. “Eu conhecia de investimento, de tecnologia e de avaliação de startup. Foi aí que juntei um grupo para investir comigo”, conta.

O empresário afirma que, à época, havia poucos fundos olhando para agtechs, e havia ainda menos investidores preocupados em criar conexões entre empreendedores e o setor. “Esse talvez seja o grande valor que a gente traz para as investidas. Criamos um plano de ‘smart money’. A startup identifica, junto com a gente, como os 250 membros podem ajudar a testar, acelerar e abrir portas para ela”.

AgroVen se prepara para rodadas mais robustas

Recentemente, ingressaram no AgroVen a cooperativa Cooxupé, a Ourofino Saúde Animal, a SLC Agrícola e a Ubyfol. O grupo ultrapassou a marca de 250 membros, sendo 25 companhias. Além de corporações do agro, há entre os investidores grandes produtores de grãos, usineiros e donos de revendas.

Segundo Passos, o grupo de empresários busca se relacionar com o ecossistema de inovação por diversos canais. “Tornou-se mais do que um clube de investimento. Somos uma rede de discussão e fomento da inovação no agronegócio”, afirma.

Até então, a empresa se concentrava em agtechs que estão começando ou que estão na fase de começar a ganhar tração, depois que provaram sua proposta. Os aportes iam até no máximo R$ 4 milhões. “A gente analisa as boas oportunidades e traz para a fase de due diligence. Nossa metodologia proprietária é reconhecida por fundos, que buscam investir junto”, afirma.

Desde 2019, o grupo avaliou mais de 1,4 mil startups e investiu em sete: AgroBee, Dioxd, Dorot, iRancho, Maneje Bem, Muda Meu Mundo e Solusolo.

Agora, a ideia é entrar em rodadas de investimento de startups mais maduras, que precisam atrair algumas dezenas de milhões de reais para avançar. O que não muda é a estratégia do grupo de atuar como coinvestidor: o AgroVen complementa rodadas de fundos tradicionais, nunca investe sozinho.

O sócio-fundador também afirma que os aportes continuarão dedicados aos negócios que trazem ganhos reais para o campo. “A gente não investe pensando que daqui a alguns meses essa empresas vai ter um valuation [valor de mercado] dez vezes maior. Queremos saber o que ela entrega para o produtor”, diz.

O empresário afirma que participam das rodadas de investimento apenas os membros do clube que veem sentido na tese da startup. Em comum, eles também evitam aportes em negócios que demandam muito capital de investimento (capex).

Ao juntar tantos negócios em um espaço de discussão, o AgroVen assistiu nos últimos tempos ao surgimento da demanda de empresas tradicionais por parcerias. “É um braço de apoio a negócios, que chamamos de balcão digital. Estamos selecionando projetos internamente que podem se capitalizar pelo AgroVen”, diz… leia mais em Globo Rural 18/07/2023

Solusolo capta R$ 2 milhões em rodada com participação do AgroVen

Grupo de investidores do agro aproveitou a oportunidade para expandir atuação em biológicos

A rede de investidores quer expandir sua participação em insumos biológicos, um mercado de mais de R$ 2 bilhões, afirma o presidente do conselho do AgroVen, Silvio Passos. Do grupo, sabe-se que participaram do investimento as cooperativas Cooxupé e Nater Coop e a empresa de nutrição vegetal Ubyfol.

A startup Solusolo, que desenvolveu um bioinsumo que aumenta a produtividade das lavouras, captou R$ 2 milhões em uma rodada de investimento liderada pelo AgroVen, um grupo formado por empresários do agronegócio…Leia mais em globorural.globo 30/05/2023

Agtech Muda Meu Mundo levanta R$ 4 mi e planeja expansão

Apesar do cenário macro desfavorável, as sócias Priscilla Veras e Laís Xavier não se assustaram na hora de captar investimento. “Somos duas mulheres nordestinas à frente de uma startup. Para nós sempre foi difícil levantar dinheiro. Ter desafios nesse processo não é uma novidade”, diz a cearense Priscilla, fundadora e presidente da agtech Muda Meu Mundo.

O coração da startup é um marketplace B2B que conecta pequenos produtores a médios e grandes varejistas. No entanto, a plataforma também tem uma pegada de fintech, permitindo a emissão de nota fiscal, adiantamento de recebíveis e opções de microcrédito. Além disso, disponibiliza serviços de logística e assistência técnica em qualidade e agricultura regenerativa, bem como dados de ESG para os clientes acompanharem os impactos na cadeia produtiva.

O modelo atraiu o AgroVen, clube de empresários do agronegócio que participou do recente aporte de R$ 4,2 milhões. Entre os principais investidores da empresa também estão os fundos Bossanova, Sororitê e Squared Ventures e investidores-anjo como Pedro Paulo Diniz (Fazenda Toca),.. Leia mais em startups. 04/08/2022