O grupo chinês de comércio eletrônico vem sinalizando há muito tempo sua intenção de recomprar a participação

O Alibaba Group quer obter até 4 bilhões de dólares, informaram fontes na quinta-feira, em uma transação que ajudaria o gigante chinês de comércio eletrônico a recomprar a participação acionária de 40 por cento que o Yahoo detém na companhia.

Como o Alibaba é uma empresa de capital privado, não há estimativa pública quanto ao valor da participação do Yahoo, ainda que alguns analistas a estimem em pelo menos 9 bilhões de dólares.

Fontes próximas ao assunto dizem que o banco Rothschild , que assessora o Alibaba na transação, enviou informações a bancos solicitando propostas para subscrever a operação de financiamento por emissão de dívida. O prazo dos empréstimos deve ser de três anos. A Reuters não conseguiu obter uma cópia dessas informações.

O Alibaba, fundado por Jack Ma, antigo professor de inglês e que virou empresário bilionário, se recusou a comentar o caso.

O grupo chinês, que também tem sucedida plataforma para operações intercompanhias, vem sinalizando há muito sua intenção de recomprar a participação do Yahoo.

A disputa de Ma com o Yahoo e seus planos para a fatia conquistaram atenção recentemente, dado o interesse de diversas companhias em tomar o controle do Yahoo.

O Blackstone e a Bain Capital estão preparando uma proposta pela aquisição total do Yahoo, informou a Reuters no começo do mês, com o Alibaba entre os parceiros envolvidos na possível transação, avaliada em cerca de 25 bilhões de dólares. A japonesa Softbank também é parte do consórcio.

Uma fonte familiarizada com o assunto acautelou na quinta-feira que a situação entre o consórcio e o Yahoo se mantém incerta e não existe decisão final sobre a posição do Alibaba e dos demais parceiros.

E, novembro, a Yunfeng Capital -co-fundada por Ma, do Alibaba-, a Silver Lake e outros investidores concluíram a aquisição de uma participação acionária de 5 por cento no Alibaba, avaliada em 1,6 bilhão de dólares.

O Alibaba detém 73,12 por cento da Alibaba.com, listada em Hong Kong.
Representantes do Rothschild não quiseram comentar.
Fonte:exame08/12/2011