B3 recebe autorização da CVM para lançar empresa de negociação de ativos digitais
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) concedeu autorização para a B3 – Bolsa de Valores do Brasil – criar uma empresa com foco em operações envolvendo ativos digitais. A decisão consta da ata de reunião do colegiado da CVM divulgada na quarta-feira, 1º de junho.
A B3 DA (B3 Digital Assets Serviços Digitais) pretende oferecer serviços de compra e venda de ativos digitais, verificação de existência e titularidade de ativos, entre outros serviços de infraestrutura.
A nova empresa vinculada à Bolsa de Valores do Brasil nasce para incorporar o segmento de ativos virtuais à sua linha de produtos e serviços, com o objetivo expresso de reduzir a complexidade do acesso a esse mercado.
Segundo o boletim informativo do colegiado da CVM, a B3 DA pretende explorar oportunidades de negócio com foco no atendimento a instituições financeiras, corretoras e instituições não financeiras, atuando como uma provedora de infraestrutura para viabilizar o acesso ao mercado de ativos digitais dos clientes das entidades associadas.
As atividades da futura empresa poderão ser ampliadas para atender a necessidade de seus clientes e a novas exigências que venham ser impostas pelo marco regulatório atualmente em discussão no Congresso, especialmente no que diz respeito à tokenização de ativos.
A B3 DA é fruto de uma sociedade da bolsa com uma de suas subsidiárias, a BLK, uma empresa voltada para a criação e desenvolvimento de softwares e algoritmos de alta frequência para o mercado de capitais e de derivativos financeiros.
A Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI) analisou o pedido da B3 para constituição da empresa e foi favorável à concessão da autorização. Seus técnicos avaliaram que os riscos da atividade a ser desempenhada pela B3 DA foram devidamente identificados e seus mitigadores são suficientemente adequados.
O risco financeiro decorrente da constituição da B3 DA foi considerado baixo, uma vez que o investimento é inferior a 1% do Ebitda (sigla em inglês para lucros antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) da B3.
O colegiado da CVM referendou a decisão da área técnica. Ficou determinado também que toda a comunicação pública da B3 DA deve ser acompanhada da advertência de que a sociedade não é regulada pela CVM.
Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, a B3 tem sinalizado recorrentemente seu interesse em oferecer à sociedade acesso a produtos de investimento diretamente relacionados a criptoativos e ativos digitais. Em 16 de maio, por exemplo, a Bolsa de Valores do Brasil confirmou que no máximo em seis meses irá lançar seu primeiro produto oficial de negociação de Bitcoin (BTC), o mercado futuro de Bitcoin… saiba mais em Contelegraph 02/06/2022