A GPS (GGPS3) anunciou a aquisição da Rudder, fornecedora de serviços de segurança privada, sistemas eletrônicos de segurança e gestão de instalações. Segundo relatório do BTG Pactual (BPAC11), a aquisição mostra a importância das fusões.

A receita bruta do Rudder dos últimos 12 meses foi de R$ 255 milhões (4% da receita prevista por GPS para o ano fiscal de 2021). Como de costume, o valuation final não foi divulgado e ainda depende de certas condições predefinidas, mas o BTG espera negociações no valuation média das negociações mais recentes (5 a 7x EBITDA).

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Com o negócio de hoje, o GPS já adquiriu sete empresas desde seu IPO, o que corresponde a R$ 1,7 bilhão nas receitas via M&A (valores anualizados), já superando a meta esperada de adicionar R$ 1,5 bilhão em receita bruta via crescimento inorgânico neste ano.

“A aquisição transmite uma mensagem positiva na execução do GPS, mostrando a manutenção de seu programa de crescimento inorgânico, uma parte importante da história de crescimento da empresa”, afirmam os analistas.

Contudo, eles ressaltam que esperam que o mercado dê boas-vindas ao anúncio, devido ao crescimento da receita líquida em um ano ainda impactado pela COVID.

Adicionando exposição à divisão de segurança e a região sul

Rudder tem +50 anos de experiência no setor de gestão de instalações e é líder em serviços de segurança na região sul. A empresa tem forte presença no Rio Grande do Sul e atua no Paraná. Oferece serviços de segurança privada, sistemas eletrônicos de segurança e serviços de gestão de instalações.

Rudder baseia sua oferta de serviço em cinco pilares:

  • Seleção e treinamento – possui sistema próprio de treinamento de colaboradores;
  • Inteligência – através de seu sistema de soluções integradas é capaz de oferecer um completo diagnóstico das necessidades de seus clientes;
  • Estrutura completa – centro operacional ativo 24h, aliado ao uso de tecnologia;
  • Centro de controle de qualidade – que realiza inspeções regulares de qualidade;
  • Credibilidade – sustentada por seus ~ 50 anos de operações na região.

A empresa registrou receita bruta de R$ 255 milhões no período de 12 meses terminando em agosto.

O sétimo negócio aumenta a diversificação geográfica e o aprimora o portfólio

Em maio, a GPS anunciou sua primeira aquisição pós-IPO, comprando a Loghis, uma empresa de gestão de instalações.

A receita bruta dos últimos 12 meses foi de R$ 108 milhões e a GPS pagou R$ 23 milhões. Mais tarde naquele mesmo mês, a empresa anunciou sua segunda aquisição pós-IPO, quando adquiriu a Global, empresa focada no ramo de segurança.

A receita bruta dos últimos 12 meses foi de R$ 281 milhões. Em julho, anunciou a aquisição do Grupo Vivante, empresa que fornece manutenção geral. A receita bruta da empresa nos últimos 12 meses foi de R$ 336 milhões.

Então, no final de julho, anunciou duas aquisições: Allis e a unidades de serviço da Comau que realiza manutenção industrial e gestão de instalações.

A receita bruta da Allis nos últimos 12 meses foi de R$ 240 milhões e a receita bruta da Comau nos últimos 12 meses foi de R$ 339 milhões.

Finalmente, em agosto, anunciou a aquisição das subsidiárias do Grupo Única, empresa que realiza gestão de instalações, manutenção de edifícios, segurança e serviços de alimentação.

De acordo com o fato relevante, a receita bruta dos últimos 12 meses foi de R$ 180 milhões. Combinando esses seis negócios com a aquisição anunciada ontem, a GPS já adquiriu R$ 1,7 bilhão em vendas brutas por meio de fusões e aquisições (valores anualizados), superando sua meta de R$ 1,5 bilhão de crescimento inorgânico de receita bruta para 2021.

Crescimento inorgânico vai continuar

Apesar de já ultrapassar a meta de crescimento inorgânicos para o ano, o BTG continua vendo espaço para mais movimentos de consolidação pelo GPS. (Por Felipe Alves)……Leia mais em euqueroinvestir 22/09/21