Superintendência deu aval a transação entre empresas de saúde suplementar e a outras aquisições nos segmentos de varejo, energia e agronegócio A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a compra pela NotreDame Intermédica Saúde do controle da Nanci, que atua no mercado de saúde suplementar.

A NotreDame Intermédica vende planos de saúde médico-hospitalares, especialmente planos corporativos para pequenos, médios e grandes clientes. A companhia obteve um faturamento superior a R$ 750 milhões em 2018 e, por isso, teve de enviar ao Cade um despacho para a aprovação da compra.

A Nanci atua no mercado de saúde suplementar com as atividades de planos privados de assistência, prestação de serviços de cuidados e de apoio à medicina diagnóstica.

A Superintendência verificou que o negócio envolve menos de 30% do mercado de serviços médicos hospitalares no Brasil e não deverá levar a elevações nos custos a serem pagos pelos consumidores.

“A presente operação não enseja preocupações concorrenciais e pode ser aprovada”, concluiu o superintendente do Cade, Alexandre Cordeiro Macedo, ao dar aval ao negócio.

Comércio eletrônico e shopping centers

A Superintendência do Cade também deu aval à Cyrela Commercial Properties (CCP) para comprar 14% da participação de capital social da Delivery Center, que atua no segmento de tecnologia e logística urbana.

A parceria com a Delivery Center fortalece a estratégia da CCP voltada para o desenvolvimento do comércio eletrônico de shopping centers, viabilizando a integração do varejo físico com o online. A Delivery Center tem como estratégia se posicionar geograficamente em centros urbanos, em áreas com grande adensamento populacional e concentração de lojistas, como shopping centers.

A medida que obteve aval do Cade envolve as lojas e os centros de alimentação dos shopping centers administrados pela CCP como pontos de distribuição de produtos.

Energia e agronegócio

Também foi aprovada a compra pela Cosan da Compass Comercializadora de Energia. A Superintendência considerou que a operação envolve menos de 30% do mercado e, portanto, não deverá prejudicar as empresas concorrentes nem elevar custos ao consumidor.

“As requerentes afirmam que a operação se justifica pela intenção do grupo Cosan de desenvolver seus negócios e diversificar seu portfólio no setor, tendo em vista que os produtos da Compass são relativamente diferenciados no mercado de comercialização de energia”, informou o órgão antitruste.

O negócio também foi encaminhado para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que terá de avaliar se ele poderá ser aprovado para esse setor comercial. A expectativa é que seja dada continuidade ao parecer da Superintendência do Cade.

Ainda recebeu aval a aquisição da Agrovale pela Lavoro, empresa sediada em Rondonópolis (MT) e controlada pela Terraverde para atuar na comercialização de sementes e defensivos agrícolas e na fabricação de fertilizantes. A Agrovale também é localizada naquele Estado e atua no mesmo setor.

A Superintendência verificou que o negócio vai gerar domínio neste mercado em montante inferior a 20% nos setores em que essas empresas atuam. “A presente operação não possui capacidade de acarretar prejuízo à concorrência nos mercados de atuação das partes”, avaliou o órgão antitruste. Valor Econômico.. Leia mais em yahoo 04/10/2019