Fabricante de sensores de vibração e temperatura para máquinas industriais – e líder na América Latina na comercialização de sensores sem fio – a catarinense Dynamox anunciou a aquisição da empresa portuguesa Enging, com sede em Coimbra, para complementar seu portfólio com uma solução que previne e detecta problemas em corrente e tensão elétrica.

A aquisição permitirá à Dynamox, que tem sede em Florianópolis e está presente em 22 países, a outros nichos do mercado. “Podemos atender também o mercado de transformadores elétricos, turbinas eólicas, geradores de energia fotovoltaica, armazenamento de energia e máquinas rotativas. Pelo nosso perfil técnico, conhecemos e atendemos do chão de fábrica aos profissionais de TI, passando pela integração”, diz o CEO Guillaume Barrault.

Francês radicado no Brasil desde 2011, Guillaume fundou a Dynamox no mesmo ano, após conhecer o sócio Alexandre Ferreira (CTO) na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Ao longo da jornada, a empresa passou do desenvolvimento de hardwares e softwares para terceiros e automação industrial para chegar na área de manutenção – no período, agregaram uma nova sócia, Clara Rejane Scholles, que se tornou diretora comercial.

Catarinense Dynamox adquire portuguesa Enging

Com um background altamente técnico – os sócios fundadores são engenheiros – a Dynamox tornou-se uma das primeiras empresas no mundo a desenvolver sensores de vibração e temperatura sem fio utilizando, no início, o sistema RFID (Radio Frequency Identification) e, depois, a tecnologia BLE (Bluetooth Low Energy), que em pouco tempo conquistou o mercado de manutenção preditiva.

Da equipe de 250 pessoas, 150 são dedicadas a desenvolvimento de produto – sendo mais de 80 engenheiros, mais de 20 mestres e cerca de 10 doutores. A empresa é a única na área de manutenção no país a ter as certificações ISO 27001, 27701 e 27018. Atualmente, mantém escritórios nos Estados Unidos, Austrália, Emirados Árabes Unidos e França.

“Nossos primeiros clientes foram a Klabin de Telêmaco Borba (PR), e a Vale, de Itabira (MG), que se interessaram pelo produto e fizeram algumas ponderações. Daí começamos a entender a dinâmica e a escutar a dor do nosso mercado. Isso fez com que o nível de exigência de qualidade do que fazíamos fosse lá na estratosfera. Nosso produto foi melhorando e, a partir do final de 2018, começo de 2019, passamos a ser reconhecidos no Brasil e no mundo e crescemos 50 vezes em menos de quatro anos”, conclui o CEO… leia mais em SC Inova 05/07/2023