A Brookfield aumentou sua posição na companhia de logística VLI, por meio da aquisição de parte das ações da japonesa Mitsui. A vendedora reduziu sua fatia de 20% para 10%, enquanto a canadense se alçou como maior acionista, com 36,5% – ultrapassando a Vale, que tem 29,6%.

A transação deve dar mais espaço para a VLI planejar sua listagem em bolsa. A companhia cogitava um IPO no curto/médio prazo por pressão da própria Brookfield, que tinha essa prerrogativa no acordo de acionistas – o que serviu de gatilho para a Mitsui colocar ações à venda, dando preferência aos sócios. Acontece que a VLI ainda tem uma questão relevante a resolver antes de se oferecer ao mercado.

A concessão da ferrovia Centro-Atlântica (FCA), principal ativo da companhia, e vence em agosto de 2026, e a VLI tenta antecipar essa renovação. Se as conversas com o governo e reguladores não avançarem para um acordo neste ano, a VLI terá que disputar nova licitação.

A recomposição de sócios dá tempo à companhia, já que os canadenses aumentaram a aposta e retiraram o IPO da mesa por enquanto.

A companhia tem como acionistas minoritários o FI-FGTS, com 15,9%, e o BNDESPar, com 8%. A transação entre Brookfield e Mitsui foi antecipada pelo Valor, numa negociação estimada em R$ 1,8 bilhão.

A VLI opera um sistema logística multimodal, distribuídos entre os Sistemas Centro-Norte e Centro-Sudeste, em que opera as ferrovias FCA e Tramo Norte Ferrovia Norte Sul (FNS) com conexão a sete terminais portuários, sendo três próprios… saiba mais em Pipeline Valor 16/02/2024