Nos próximos vinte meses, as gigantes de TIC vão investir cerca de US$ 17 bilhões para reforçarem seus porfólios de serviços de cloud, destaca Anderson Figueiredo, analista de mercado da IDC Brasil. Segundo ele, 75% dos bancos – maiores compradores de TI – já têm ambientes na nuvem ‘em produção’.

 Figueiredo, que participa do evento Economia Digital, cloud computing, privacidade e proteção e dados, realizado pela Brasscom, em Brasília,nesta terça-feira, 12/03, sustentou que computação na nuvem não é – nem pode ser vista – como um meio tecnológico. Mas, sim, um meio efetivo para fazer negócios.

 “Serviços na nuvem vão passar para as empresas como o foram as fábricas de software e os data centers. Esses negócios foram entendidos como produtivos para os negócios.Nuvem será sim. Seja ela pública, privada ou hibrída”, disse Figueiredo. E o melhor exemplo é do setor bancário – um dos mais conservadores, mas também o maior investidor de TIC no Brasil.

“Cada instituição está construindo seus data centers, mas faz recuperação de desastres com terceiros. Também já terceiriza aplicações. Esse é o caminho. Não à toa, 75% dos bancos estão com ambientes em nuvem em produção. Ela virá no dia a dia”, acrescenta.

 A cloud pública – ainda pouco usada nas empresas – cresce e deverá arrecadar em 2016, cerca de US$ 100 bilhões globalmente. “Não podemos nos enganar. Em TI, 2016 é amanhã. Não dá para esperar mais nos projetos. Eles precisam entrar em produção”, frisou o analista da IDC Brasil.

 Sobre o mercado global, Figueiredo salientou o fato de as gigantes de TIC – IBM, Oracle, SAP e Microsoft – terem investido tanto em cloud. Nos últimos meses foram alocados US$ 20 bilhões nas compras de empresas e para os próximos 20 meses estão previstos mais US$ 17 bilhões. “Um mercado que mobiliza US$ 50 bilhões não é emergente. E no Brasil, a consolidação de provedores será uma realidade também”, completou. Por Ana Paula Lobo

Fonte: Convergência Digital 12/03/2013