Um mês depois de anunciar o aporte de R$ 30 milhões da EXT Capital, a fintech CondoConta, banco para condomínios, divulga a captação da sua rodada Série A de US$ 13,2 milhões (aproximadamente R$ 72,3 milhões), com a entrada de SYN Proptech, Endeavor Scale-Up e Terracotta Ventures no captable e o retorno de Redpoint eVentures e Igah Ventures.

Se a rodada anterior foi mista e levantada para fornecer crédito aos clientes, desta vez o dinheiro captado foi 100% em troca de equity para o crescimento da startup, com foco na aproximação com os sistemas de administração utilizados pelos condomínios a partir da liberação do seu API de forma gratuita para se conectar com os ERPs das administradoras.

O capital será utilizado para a tecnologia destinada a melhorar a experiência do pagamento da taxa do condomínio. “Atualmente, 99% dos pagamentos são via emissão de boletos. Nosso grande foco é melhorar essa experiência, torná-la recorrente e automatizada, sendo mais barata”, aponta Rodrigo Della Rocca, cofundador e CEO da CondoConta.

CondoConta capta R$ 72 milhões

A ideia é transformar o pagamento do condomínio em algo semelhante à assinatura de serviços, como plataformas de streaming: a partir dos dados, será possível cobrar via pix ou cartão aquela taxa de forma automatizada pelo período do contrato.

No momento, a fintech atende cerca de 500 administradoras e 3 mil condomínios. O CEO afirma que a emissão desses boletos pesa para a operação e é fonte de inadimplência, por esquecimento ou problemas na entrega. “Temos um produto crescente na nossa base que é a receita garantida (garantia dos valores de cotas condominiais), então nos preocupamos porque o risco da inadimplência é nosso. Melhorar os nossos índices de pagamento está conectado a esse produto”, acrescenta Della Rocca, adiantando que a novidade deve ser lançada no primeiro trimestre do próximo ano.

Com dinheiro em caixa e vontade de acelerar, a CondoConta também pensa no crescimento inorgânico, negociando três M&As de startups no momento, com apetite para soluções de infraestrutura financeira e mercado financeiro para condomínios. “Tem muita startup boa que surgiu depois da gente, com produtos bons, mas que não conseguiram captar com a mudança do mercado e não tem combustível para crescer. Surgiu a oportunidade de comprar tempo com esses produtos, é um cenário propício para nós”, declara. O aumento do time também é algo desejado. Atualmente, a startup tem cerca de 150 funcionários.

A CondoConta ultrapassou os R$ 650 milhões transacionados dentro do seu banco para condomínios, com o fornecimento de mais de R$ 150 milhões em crédito e financiamentos. No próximo ano, a startup almeja atingir o break-even e alcançar R$ 1 bilhão em movimentações e depósitos… leia mais em PEGN 13/11/2023