Digibee capta R$ 13,5 milhões

Dinheiro vem do Brasil Venture Debt, fundo especializado em crédito para startups.

A Digibee, uma empresa de São Paulo especializada em tecnologia para integração de sistemas, acaba de captar R$ 13,5 milhões junto ao Brasil Venture Debt, fundo especializado em crédito para startups

O capital foi aportado por meio de uma Cédula de Crédito Bancário (CCB), um instrumento financeiro para fazer empréstimos, sem uma contrapartida em forma de ações por parte da investida.

Como um fundo convencional, o Brasil Venture Debt assume um risco apostando no crescimento das empresas nas quais coloca seu capital.

A Digibee registrou um aumento de 246% no faturamento do último ano, passando de R$ 860 mil para mais de R$ 2 milhões de receita mensal recorrente.

Criada em 2017, a empresa tem hoje 110 funcionários, quase o dobro do que o ano passado, e atende 170 clientes, incluindo nomes como Accenture, Bauducco, Carrefour, DASA, Porto Seguro, Cielo, Santander e B3.

A empresa oferece uma plataforma que permite integrar sistemas on premise e na nuvem, o tipo de produto em demanda com o crescimento de ambientes de TI híbridos nas empresas.

O CEO, Rodrigo Bernardinelli e o CTO, Paulo Kreslins, tem longas passagens pela área de vendas da CA, uma multinacional com diversos produtos no segmento de integração de sistemas, comprada pela Broadcom por US$ 18,9 bilhões em 2018.

O terceiro fundador, Vitor Sousa, veio da Produban, uma empresa de tecnologia pertencente ao Grupo Santander, especializada em desenho e operação continua de infraestrutura de TI.

“Esta operação de venture debt faz parte da nossa estratégia de funding para estarmos robustos na nossa trajetória de consolidação do mercado brasileiro e de expansão global, além de nos posicionar muito bem para a próxima rodada de investimento nos Estados Unidos”, sinaliza o CFO da Digibee, Rafael Nardelli como um movimento natural.

Operações

Dívida, ou venture debt, é uma forma de financiamento em alta entre startups de tecnologia, que passaram a divulgar operações do tipo como uma prova do potencial dos seus empreendimentos.

O Brasil Venture Debt tem R$ 140 milhões para operações do tipo, com dinheiro vindo de investidores como BNDES, XP Investimentos, BDMG e Bossa Nova. O trabalho do fundo é customizar juros, garantias e prazos atrativos para os investidores.

Para as startups, a vantagem é evitar a diluição de capital logo no começo da operação, guardando as ações para vender para fundos de venture capital com o negócio mais maduro.

A Digibee já recebeu R$ 40 milhões em aportes, tendo como investidores a GAA Investimentos e os executivos Paulo Veras (fundador da 99Taxi) e Laércio Albuquerque, presidente da Cisco na América Latina, além de ter passado por acelerações da Endeavor e pelo iDEXO, da Totvs.

Nos Estados Unidos, o financiamento por dívida já representa 20% do volume total do mercado de venture capital e 40% das rodadas.

De acordo com Pitchbook, de 2010 a 2020 o número de captações de venture debt, o que inclui as debêntures, cresceu 3,1 vezes enquanto o de venture capital cresceu 2,2 vezes.

A tendência parece estar chegando também no Brasil.

Recentemente, a Plugify, startup brasileira de aluguel de hardware, emitiu R$ 32,6 milhões em debêntures para financiar a sua expansão….  leia mais em baguete 19/08/2021

 

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