A política severa sobre o colossal mercado imobiliário da China ajudou a levar um de seus principais protagonistas à beira do colapso, e analistas temem que possa desencadear uma bolha que vem se formando há mais de duas décadas.

O mercado imobiliário tem sido um componente essencial da economia chinesa, com Pequim prometendo melhorar as condições de vida da população com novas moradias, impulsionando a construção civil.

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Bolsa imobiliária

Para centenas de milhões de chineses de classe média, a propriedade é um bem familiar crucial e um símbolo de status.

O mercado imobiliário na China disparou após as reformas de mercado de 1998 – que impulsionaram o mercado privado -, desencadeando um impressionante boom de construções aliado a uma rápida urbanização e acumulação de riqueza.

Aumento de preços

Mas o aumento dos preços do mercado imobiliário acendeu o alerta de Pequim, temeroso com as disparidades de renda e a potencial instabilidade social.

O preço médio dos apartamentos era 9,2 vezes a renda disponível do ano passado, de acordo com a empresa de serviços E-House China, um valor inacessível para muitos.

Além disso, o endividamento das empresas imobiliárias gerou temores de instabilidade financeira.

Diante disso, Pequim estabeleceu no ano passado um sistema métrico denominado “três linhas vermelhas” para limitar a proporção do endividamento e aumentou a vigilância sobre o financiamento obtido por depósitos de pré-venda.

O plano era “reduzir o risco dos mais arriscados”, explica Dinny McMahon, da consultoria Trivium.

“A ideia é que seria um mecanismo para forçar as empresas mais arriscadas a reduzir seus níveis de dívida”, diz, “e dar às que eram menos arriscadas espaço para continuar crescendo.”

Evergrande

Na vanguarda da expansão acelerada está Evergrande, fundada em 1996 e com presença em 280 cidades. É um império que inclui água mineral, produtos bancários e até um time de futebol.

Mas a Evergrande está atualmente atolada em dívidas de mais de US $ 300 bilhões, enquanto navega pelas novas regras chinesas.

Todos os olhos estão voltados para a forma como o governo de Pequim lida com a crise, embora até agora tenha mantido o silêncio. Referência: AFP.…Leia mais em istoédinheiro 28/09/21