A fintech chilena Creditú anunciou a chegada de sua solução de crédito imobiliário ao Brasil nesta quinta-feira (25). Fundada em 2017, a startup também atua nos mercados do Peru e do México, além do Chile.

A operação é a maior expansão internacional da companhia e acontece depois de um investimento de R$ 100 milhões recebido pelo Grupo AVLA.

No seus primeiros três anos de operação a Creditú informa que já ofereceu R$1,5 bilhão para financiamentos imobiliários de 3.000 residências familiares. Em seu país sede, o Chile, a fintech alcançou 1% de market share, com crescimento mensal de 20%.

“Chegamos ao mercado brasileiro com o objetivo principal de atender um segmento pouco atendido, como trabalhadores autônomos, vendedores, empresários, jovens, seja por não possuírem o valor mínimo de entrada exigido pelos grandes bancos ou por não terem uma renda 100% formal”, comenta o CEO da Creditú, Ignacio Álamos.

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“Aterrissamos com uma proposta tecnológica e financeira inovadora para dar a possibilidade de acesso ao crédito imobiliário.” IGNACIO ÁLAMOS, CEO DA CREDITÚ

Crédito imobiliário para profissionais informais

Apesar do grande crescimento no mercado imobiliário brasileiro, a fintech acredita que o país possui um potencial ainda maior de desenvolvimento, devido à baixa penetração do portfólio de empréstimos imobiliários sobre o Produto Interno Bruto (PIB). Em 2020, o total de empréstimos imobiliários representava cerca 10% do PIB nacional, indicando que o mercado ainda está se desenvolvendo nesse setor em comparação com Chile (26%), Estados Unidos (60%) e Holanda (90%).

“O mercado imobiliário obteve um crescimento relevante nos últimos anos, mas ainda existe bastante espaço para expansão, principalmente quando falamos de acesso ao crédito para o perfil de trabalhadores sem acúmulo de reservas, informais ou que não possuem renda comprovada, percentual relevante da população brasileira”, comenta o gerente de estratégia da marca no Brasil, Lucas Santana.

Segundo dados do IBGE e Mapa de Empresas do Ministério da Economia, no Brasil, 37 milhões de pessoas atuam em postos de trabalho informais e mais de 10 milhões como microempreendedores individuais.

“A nossa visão é de que o mercado brasileiro está ficando cada vez mais digital e inovador no ponto de vista das imobiliárias e proptechs, mas ainda não apresentou nenhuma inovação relevante nos últimos anos nos produtos de crédito para aquisição de imóveis”, completa Santana.

Para obter melhores condições de acesso ao financiamento para seus clientes, a Creditú desenhou uma operação que considera a originação do crédito imobiliário aliada a um seguro de crédito (além dos seguros habitacionais tradicionais). O seguro de crédito poderá ser contratado com a AVLA, empresa do grupo, ou com outros parceiros.

A startup promete um processo mais ágil do que o financiamento em bancos tradicionais, realizando todos os trâmites em até 20 dias. No Chile, esse prazo é ainda mais rápido: sendo resolvido em apenas uma semana.

A fintech estima fechar o primeiro ano de operação com R$100 milhões em créditos originados, e R$3 bilhões em um período de…. Leia mais em Labs News 26/11/2021