Fundo de participações realiza aquisições e já planeja nova rodada de investimentos para o Brasil e EUA de mais de 1 bilhão de reais

Continuando de olho na retomada da economia brasileira e no aquecido do mercado norte-americano, empresários do Brasil e dos Estados Unidos que se uniram para a criação de um fundo de participações internacional, que teve como foco as empresas de pequeno e médio porte do País com potencial para expansão, se preparam para uma segunda rodada de negócios no país.

O US Capital Management, com sede em Orlando, na Flórida, e operações em Boston, em Massachusetts,  e sua recém-inaugurada operação em Frankfurt, na Alemanha, pretende, após sua primeira rodada de participações no Brasil, capitanear o investimento de mais de  1 bilhão de reais no Brasil, Estados Unidos e Europa, iniciando seu segundo ciclo de participações ainda em 2019.

O US Capital começou a ser estruturado em 2017 com apoio da Capital Vital e está reforçando sua atuação, conjuntamente com outros fundos como o Boston Investments Group e o Europe Capital Investors, visando aproveitar a esperada retomada da economia brasileira. O Fundo que traçou metas arrojadas para os seus primeiros 18 meses, completou sua primeira jornada e já tem planos para a sua segunda fase. Neste período, avaliou propostas para aquisição de mais de 4 mil empresas, até selecionar as com maior potencial real.

Em abril de 2018 iniciou as assinaturas das participações com contrato de aquisição de participação no capital de 40 empresas. Após a fase de due diligence iniciou-se um período de pré-operações até serem selecionadas as que realmente possuem potencial de escalar internacionalmente.

“Pretendemos iniciar a segunda fase de participações ainda no final do primeiro semestre de 2019”, revela o estrategista-chefe do US Capital e empreendedor serial, Luciano Vital, responsável por toda a estratégia de aquisições globais.

Segundo Vital, a previsão do Fundo de Participações continua sendo gerar mais de 5 mil empregos diretos até o final de 2019 e a expectativa é que estas empresas inicialmente, juntas, gerem um faturamento R$ 500 milhões até o final do próximo ano. Para atingir essas metas, de acordo com ele, as companhias foram selecionadas, testadas, reestruturadas, receberam suporte, redesenho de seus modelos de negócio para se expandirem dentro de um ecossistema de negócios no Brasil e no exterior por meio de abertura de unidades próprias, franquias e novas aquisições para consolidação de seus mercados.

Uma das maiores dificuldade encontradas por investidores internacionais para colocar dinheiro nas empresas brasileiras é a questão da segurança jurídica, não somente pelas mazelas do sistema legal do País, mas principalmente pela mentalidade de muitos empresários brasileiros.

“Muitos empresários ainda estão com a mentalidade no passado e não respeitam os contratos e acordos formalizados. A todo momento tentam dar “jeitinhos” para não cumprir corretamente o que foi formalizado e, ainda mais grave, é que muitos empresários insistem na sonegação de impostos no Brasil.

Problemas contábeis, sonegação de impostos e o não cumprimento de contratos são fatores que reduzem o apetite de investidores em colocar dinheiro em empresas e, muitas vezes, inviabilizam avançar nos negócios junto com estes empresários”, comenta Vital.

A estratégia do US Capital, juntamente com um pool de fundos internacionais, é além de adquirir participação em empresas com foco em ganho de escala e crescimento acelerado como na primeira fase, é abrir para outros segmentos como alimentos, agronegócios, imóveis, energia, meio-ambiente, água, gestão de resíduos, tecnologia e educação.

“Normalmente, elaboramos um projeto de crescimento e de reposicionamento e ficamos com 10% a 100% de participação, dependendo da estruturação necessária. Trabalhamos na internacionalização das empresas nos Estados Unidos, Ásia e Europa, e colocamos para cada empresa um conselho composto de executivos formados em Harvard, MIT, Cornell University, IMD, e com conexão com grandes marcas como Disney, NASA, Walmart, Goodyear, Electrolux, International Paper e grandes bancos nacionais e internacionais, para que o conselho dê suporte à estratégia de crescimento e expansão”.

Para acelerar todo este trabalho nesta segunda fase, criamos a “Academia de Conselheiros”, um programa de 3 meses onde qualificamos profissionais do mercado para atuarem como conselheiros consultivos em startups, pequenas e médias empresas que investimos. “Temos hoje mais de 100 vagas abertas para conselheiros consultivos nas empresas que temos participações no Brasil e Estados Unidos”, enfatiza Vital. “Estamos já com duas turmas em fase de preparação e em maio abriremos a terceira turma no Brasil. O programa da Academia de Conselheiros também ocorrerá simultaneamente no Estados Unidos, Europa e Ásia.”

Além da preparação de conselheiros, para a segunda fase, foi reestruturada a equipe de trabalho com profissionais experientes e especializados, tendo à frente da área de aquisições Luciano Vital, que atua como estrategista-chefe global. Ana Alves continua como a Country Manager USA e responsável legal global, Tiago Sant´Ana o General Manager Global, a Carla Gall como Head de Marketing, o Dr. Flávio Inacarato como Head jurídico e de Compliance, e Larissa Moreira assume como Head de expansão para Europa, recém-chegada do NU Bank.

Vital lembra que o Brasil corresponde a apenas 2% do mercado mundial, sendo que os outros 98% do mercado está fora. “Entendemos que um passo primordial para se ter escala e crescer de verdade é internacionalizar os negócios e, assim, acessar o mercado mundial que hoje é pujante e abundante”… Leia mais em exame 22/04/2019