A indústria de geração solar distribuída deve ter um segundo semestre marcado por uma aceleração em operações de fusões e aquisições, apesar das eleições dificultarem o fechamento de algumas transações no setor de energia em geral, disse ao Scoop by Mover o sócio-diretor da consultoria especializada Greener, Marcio Takata.

O movimento no segmento conhecido como “GD” deve ser puxado por empresas que buscam ampliar sua presença nesse mercado, grupos estrangeiros querendo entrar no Brasil e fundos de investimentos, segundo Takata, que assessora interessados no setor.

Entre janeiro e junho, companhias como Energisa, Cemig SIM—subsidiária da Cemig – e Comerc, da Vibra Energia, anunciaram compras de ativos de geração distribuída, que costumam envolver placas solares em telhados ou terrenos, e produzem energia para atender à demanda de empresas e residências.

A visão da Greener sinaliza que esse mercado de geração solar deve manter o vigor, a despeito de incertezas eleitorais e de projeto aprovado pelo Congresso que reduziu impostos na conta de luz, diminuindo a atratividade dos investimentos de consumidores na produção da própria energia.

Geração solar deve acelerar fusões e aquisições

 

Eu diria que vamos ter uma aceleração importante das fusões e aquisições agora no segundo semestre. Tem diversos negócios em andamento, tem coisas bem grandes”, disse Takata, sem abrir detalhes sobre empresas ou ativos.

A desoneração aprovada no Congresso limitou a 17% o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, ICMS, na conta de luz. Em Minas Gerais e Rio de Janeiro, a alíquota superava 30%, e a média no Brasil era 26%.

A medida terá impactos no mercado de GD, principalmente reduzindo o nível de retorno de instalações em alguns estados, como Minas Gerais, mas isso, no entanto, não atrapalha negociações em andamento sobre aquisições, segundo Takata.

“A questão do ICMS afeta, influencia em boa parte de forma negativa. Mas esse reflexo negativo não tira a atratividade do investimento”.

Segundo ele, há grande apetite de investidores por fechar operações em GD porque uma nova legislação aprovada para o setor reduzirá a receita dos projetos registrados após janeiro de 2023. “Isso traz um senso de urgência importante para o posicionamento das empresas do setor”, explicou…. leia mais em TC 21/07/2022