O Itaú Unibanco colocou à venda um conjunto de seis carteiras que totalizam R$ 3,6 bilhões em créditos podres (dívidas vencidas e não pagas) de clientes pessoas físicas que sentiram o baque da pandemia e da crise econômica. Conforme apurou a Coluna, a oferta abrange 1,1 milhão de contratos de crédito rotativo, consignado e cartões de crédito, com atraso no pagamento em torno de dois anos e meio. Se a operação for concretizada, será a primeira venda feita pelo banco de uma carteira “jovem”. As candidatas naturais a fecharem a compra são as empresas especializadas em crédito podre no País, como Return (do Santander), Ativos (Banco do Brasil), RCB (Bradesco) e MGC (independente), entre outras.

A carteira tem um prazo de vencimento baixo em relação ao das que são normalmente vendidas no mercado. Na maioria dos casos, os bancos se desfazem de contratos vencidos há mais tempo, quando já empenharam muitos esforços na tentativa de reaver os valores não pagos pelos consumidores. Neste ano, porém, outros bancos também venderam carteiras “jovens”.

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Inflação e juros levaram a onda de inadimplência
No pano de fundo está a alta da inflação e dos juros, o que afetou o bolso dos clientes e detonou uma onda de inadimplência. Há também a necessidade de adaptação dos bancos ao padrão contábil IFRS 9, que impõe normas mais rígidos na constituição de provisão para devedores … saiba mais em Estadão 15/06/2022